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Bolsa de Tóquio fecha em queda

Os níveis de participação mantiveram-se sólidos, totalizando quase 3 bilhões de ações no valor de 2,2 trilhões de ienes


	Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei recuou 0,6%, para 12.239,66 pontos após uma queda de 0,3% na sessão anterior
 (Junko Kimura/Getty Images)

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei recuou 0,6%, para 12.239,66 pontos após uma queda de 0,3% na sessão anterior (Junko Kimura/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 06h47.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou queda nesta quarta-feira, puxada para baixo pelo fortalecimento do iene e pela realização de lucros de empresas que tiveram fortes ganhos nas últimas sessões.

Por outro lado, as expectativas de mais medidas de relaxamento do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) nas próximas semanas ajudaram a evitar uma queda maior.

O índice Nikkei recuou 0,6%, para 12.239,66 pontos após uma queda de 0,3% na sessão anterior. Os níveis de participação mantiveram-se sólidos, totalizando quase 3 bilhões de ações no valor de 2,2 trilhões de ienes.

O iene se fortaleceu durante a sessão asiática, com o dólar atingindo 95,65 ienes em relação aos 96,09 ienes no fim da tarde em Nova York. A moeda japonesa se valorizou depois que o maior partido de oposição do Japão afirmar que se oporá a nomeação de Kikuo Iwata para o cargo de vice-presidente do Banco do Japão.

Entre os três candidatos propostos para liderar o banco central, Iwata é considerado o mais forte defensor de políticas de relaxamento monetário.

O iene mais forte contribuiu para o declínio das ações japonesas. Além disso, empresas que haviam obtido fortes avanços nos últimos dias foram alvo de realização de lucros. A Fast Retailing, que subiu 24,1% na semana passada, caiu pela terceira sessão seguida, recuando 2,2% na quarta-feira.

As ações da Japan Tobacco subiram 7,2% na quarta-feira, antes da venda pública do governo de uma participação de 747 bilhões de ienes na empresa. A venda deve acontecer na sexta-feira.


Além disso, o fraco desempenho de terça-feira em Wall Street não ajudou a levantar o mercado.

Por outro lado, as expectativas de mais medidas de relaxamento do Banco do Japão ajudaram a evitar quedas maiores. O atual presidente do BoJ e dois vices devem deixar seus cargos na terça-feira. Segundo gestores de ativos, o Nikkei está prestes a ganhar ainda mais assim que a última onda de vendas passar.

"As expectativas sobre o relaxamento do BoJ devem crescer ainda mais, enfraquecendo o iene antes da reunião do conselho (de política monetária ) nos dias 3 e 4 de abril", disse Mitsushige Akino, gestor-chefe de fundos da Ichiyoshi Investment Management. "Espero que o Nikkei atinja 13.000 pontos até o final do ano fiscal".

A marca de 13.000 pontos é vista amplamente como o próximo alvo para o índice. O Nikkei estava em torno deste nível antes do colapso do Lehman Brothers, o que desencadeou vendas globais de ações no segundo semestre de 2008. O ministro de Economia do Japão, Akira Amari, disse em fevereiro que espera ver o mercado chegar a esse nível até o final de março.

Além das expectativas em relação ao BoJ, os investidores estão de olho nos resultados corporativos para o ano fiscal que termina em março, ao mesmo tempo em que a atenção está se voltando para o próximo ano fiscal.


Os ganhadores serão as empresas que são "verdadeiros exportadores do Japão", disse Geoffrey Pazzanese, gerente sênior de portfólio da Federated Investors, que ajuda a administrar US$ 800 milhões no Federated InterContinental Fund e em uma conta separada.

"Eu não acho que a Toyota vá se beneficiar muito. Eles têm suas fábricas em todo o mundo."

Ele disse que as ações de exportadores globais como Toyota devem se beneficiar do relaxamento monetário do BoJ. Enquanto isso, alguns exportadores domésticos receberão um impulso por causa da flexibilização monetária e do enfraquecimento do iene.

Entre nome motores único, a Nikon ganhou 3,2% após uma noticia do Nikkei de que a empresa planeja reduzir o estoque em seu negócio de câmera no final do ano fiscal de 2012 em 20% ante os níveis de dezembro.

Os exportadores fecharam em direções divergentes. A Sony ganhou 1,5%, mas a Canon perdeu 2,8%. As informações são da Dow Jones.

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