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Bolsa de Tóquio fecha em baixa de 1,52%

O volume negociado foi consistente, com dados robustos recentes, totalizando pouco mais de 3,3 bilhões de ações, cerca de 1,8 trilhão de ienes (US$ 20,1 bilhões)


	Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei recuou 1,52%, aos 10.747,74 pontos, depois de registrar alta de 2,9% na sessão anterior, o melhor ganho porcentual para o índice desde março de 2011
 (Junko Kimura/Getty Images)

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei recuou 1,52%, aos 10.747,74 pontos, depois de registrar alta de 2,9% na sessão anterior, o melhor ganho porcentual para o índice desde março de 2011 (Junko Kimura/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Tóquio - A Bolsa de Valores de Tóquio fechou em queda nesta segunda-feira com o fortalecimento do iene e a realização de lucros antes de o comitê de política monetária do Banco do Japão (BoJ, o banco central do país) fazer seu anúncio, o que estimulou a sobrecompra e fez com que ações ligadas a moedas sensíveis, como as da Fast Retailing e Fanuc, caíssem sensivelmente, arrastando para baixo os índices mais amplos.

O índice Nikkei recuou 1,52%, aos 10.747,74 pontos, depois de registrar alta de 2,9% na sessão anterior, o melhor ganho porcentual para o índice desde março de 2011.

O volume negociado foi consistente, com dados robustos recentes, totalizando pouco mais de 3,3 bilhões de ações, cerca de 1,8 trilhão de ienes (US$ 20,1 bilhões).

Os índices mais amplos subiram na abertura do pregão, mas rapidamente sucumbiram à pressão de venda diante do iene que apresentou poucos sinais de enfraquecimento em relação ao nível de sexta-feira.

No final do pregão, às 4h, no horário de Brasília, um dólar era trocado bem abaixo da marca de 90 ienes.

"Alguns investidores ficarão desapontados se não houver pelo menos 10 trilhões de ienes (US$ 111,6 bilhões) em compras de ativos e meta de inflação de 2% estipulada pelo BoJ", disse o gerente geral da Chibagin Asset Management, Yoshihiro Okumura. A reunião do comitê do BoJ termina nesta terça-feira.


Muitos investidores ainda acreditam que há uma tendência de baixa do iene ao longo do tempo. Para o estrategista do Deutsche Bank, Taisuke Tanaka, "mesmo que o recente rali submeta o dólar/iene a alguma correção, recomendamos estratégias com vistas ao dólar valendo 92 ienes ou mais", destacou o estrategista.

As recentes ofertas fizeram com que as ações de maior liquidez caíssem acentuadamente, uma vez que os investidores procuraram travar os ganhos. A Fanuc perdeu 3,9%, enquanto que a Fast Reatiling recuou 3,6%.

Grande parte dos exportadores fechou em baixa. A Honda Motor perdeu 0,6%, e a TDK fechou em queda de 1,8%. As ações da JGC, cujos funcionários foram envolvidos na crise da Argélia, recuaram 2,7%.

As ações da Shell Sekiyu e JX Holdings se beneficiaram com os preços do petróleo relativamente firmes sobre os últimos dias, diante da crise na Argélia, somando, respectivamente, 2,8% e 1,4%. As ações da Sony subiram 3,3%, expandindo-se pela terceira sessão seguida.

As informações são da Dow Jones.

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