Mercados

Bolsa de Tóquio fecha em baixa com fraqueza do dólar

O Nikkei, contudo, permanece perto do maior nível em 15 anos


	Nikkei: o índice recuou 0,10%, a 18.585,20 pontos
 (Getty Images)

Nikkei: o índice recuou 0,10%, a 18.585,20 pontos (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 06h56.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou em baixa nesta quarta-feira, interrompendo uma sequência de cinco pregões de valorização, após sinais de flexibilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para começar a elevar as taxas de juros nos EUA levarem ao enfraquecimento do dólar ante o iene e, consequentemente, à venda de ações de exportadoras no mercado acionário japonês.

O índice Nikkei, que reúne as empresas mais negociadas na capital do Japão, recuou 0,10%, a 18.585,20 pontos, após avançar 3,4% no período recente de ganhos.

O Nikkei, contudo, permanece perto do maior nível em 15 anos.

A sessão em Tóquio foi fraca desde o princípio, reagindo à tendência de queda do dólar frente ao iene após a presidente do Fed, Janet Yellen, adotar uma postura considerada mais "dovish" (favorável à manutenção de estímulos) durante depoimento, ontem, no Senado norte-americano.

Analistas esperavam uma indicação mais clara de que o Fed poderia começar a elevar os juros dos EUA das mínimas em que se encontram desde 2008 a partir de junho.

"A porta agora está totalmente aberta no que diz respeito ao início (para a alta dos juros) e é possível que isso acabe nem importando muito, de qualquer forma", comentou Daisuke Uno, estrategista do Sumitomo Mitsui Banking Corp.

"O crescimento econômico está de fraco a negativo em toda parte e isso significa que as taxas de juros deverão continuar relativamente baixas no curto e médio prazos e, talvez, até mesmo no longo prazo."

Em meio ao recuo do dólar frente à moeda japonesa durante a madrugada, as exportadoras tiveram perdas no pregão de hoje em Tóquio. A Daikin Industries, por exemplo, caiu 1,1%, enquanto a TDK recuou 1,0% e a Toyota Motor cedeu 0,9%.

Já o grupo varejista Fast Retailing e a gigante de telecomunicações KKDI sucumbiram à realização de lucros e perderam 0,9% e 2,8%, respectivamente, após acumularem ganhos recentes.

Segundo observadores do mercado, o avanço do índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China para o maior nível em quatro meses não chegou a ter impacto nas transações da bolsa japonesa.

O PMI industrial chinês, medido pelo HSBC em parceria com a Markit, subiu para 50,1 na prévia de fevereiro, de 49,7 na leitura final de janeiro. Economistas, porém, avaliam que o ritmo de crescimento econômico da China permanece fraco. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMercado financeiroNikkei

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF