Mercados

Bolsa de Tóquio fecha em alta liderada por imobiliárias

Os números de participação chegaram a 2,9 bilhões de ienes com 1,82 trilhões de ações negociadas - um pouco mais leves do que o normal


	Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei avançou 0,4%, para 11.606,38 pontos, após ganhar 2,7% na sessão anterior
 (Junko Kimura/Getty Images)

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei avançou 0,4%, para 11.606,38 pontos, após ganhar 2,7% na sessão anterior (Junko Kimura/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 06h25.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou com um ganho modesto, uma vez que compras de ações de imobiliárias, como a Sumitomo Realty & Development e Mitsubishi Estate, fizeram com que o mercado superasse a realização de lucros nos tradicionais pesos pesados, como o Softbank e o Electron Tóquio.

O índice Nikkei avançou 0,4%, para 11.606,38 pontos, após ganhar 2,7% na sessão anterior. Na semana, o índice fechou com um ganho líquido de 1,9%, e, agora, acumula um acréscimo de 12% no ano.

Os números de participação chegaram a 2,9 bilhões de ienes com 1,82 trilhões de ações negociadas - um pouco mais leves do que o normal.

O Nikkei variou no começo da sessão, tendo em vista que a realização de lucros em exportadores sensíveis ao iene pesou sobre o índice, enquanto a compra de papéis do setor industrial, de empresas defensivas, e de setores imobiliários ajudou a manter o Topix acima do ponto de equilíbrio durante uma longa parte da sessão.

"A iminente questão do abismo fiscal dos EUA não parece ser tanto uma preocupação quanto os níveis do câmbio, visto que o índice Dow Jones se aproxima de uma nova alta histórica", disse Kenichi Hirano, analista de mercado da Tachibana Securities.

"Com a nova liderança do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) ainda para assumir o cargo e o final do ano fiscal que se aproxima, movimentos de mercado são vistos agora como mais suscetíveis a diretrizes de políticas governamentais, reais ou percebidas".


Como o iene continuou sua tendência de queda, o Nikkei entrou em território positivo, onde ficou durante a segunda parte da sessão.

A demanda por ações de imobiliárias dominou o pregão desde o início, uma vez que os investidores continuaram a encontrar consolo no anúncio do Ministério de Terras, realizado no dia 26 de fevereiro, de que 51 das 150 regiões em todo o país mostraram acréscimo de preços de propriedades ante três meses atrás - acima dos 34 locais da pesquisa anterior.

A Sumitomo Realty & Development avançou 5,9%, enquanto a Mitsubishi Estate subiu 6,1%. A Nomura Real Estate Development ganhou 7,9%, apesar do anúncio da empresa durante o intervalo da sessão de uma venda de ações secundária pela Nomura Land & Co, controlada pela Nomura Holdings, de 14,6% do total de ações em circulação.

As ações defensivas também se ficaram a favor do investidor, com a Japan Tobacco fechando em alta de 4,3%, a Takeda Pharmaceutical subindo 2,0%, e a Kao ganhando 1,6%.

Por outro lado, muitos exportadores de tecnologia terminaram a sessão em queda pois os investidores realizaram lucros após o rali de quinta-feira. A Kyocera caiu 1,4%, a Advantest perdeu 1,2% e a Tokyo Electron recuou 2,3%.

Ações de várias empresas de energia elétrica superaram a média do mercado uma vez que os investidores do país ainda acreditam que os reatores nucleares paralisados devam ser autorizados a reiniciar as atividades mais cedo, em linha com a retórica do primeiro-ministro Shinzo Abe sobre a recuperação econômica.

A Tokyo Electric Power subiu 2,9%, Kansai Electric Power ganhou 1,3% e a J-Power avançou 2,5%.

A Tokyo Gas fechou a sessão em alta de 4,0% após o diário Nikkei informar que a empresa pode comprar 30 bilhões de ienes de suas ações durante o próximo ano fiscal, seis vezes o valor planejado para o ano fiscal atual. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMercado financeiroNikkei

Mais de Mercados

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap

Ibovespa opera em queda de olho em fiscal brasileiro; dólar sobe 1,50%

Petrobras paga nesta sexta-feira a segunda parcela de proventos do 1º trimestre