Mercados

Bolsa de Tóquio fecha em alta com queda do iene

O volume de transações refletiu a volatilidade da sessão, com mais de 3,9 bilhões de ações negociadas conforme o Nikkei variava sob a pequena margem de 262 pontos


	Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei avançou 0,1%, para 10.609,64 pontos, após queda de 2,6% no pregão de quarta-feira (16)
 (Junko Kimura/Getty Images)

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei avançou 0,1%, para 10.609,64 pontos, após queda de 2,6% no pregão de quarta-feira (16) (Junko Kimura/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Tóquio - O mercado de ações de Tóquio fechou em leve alta, uma vez que a queda do preço do iene no fim da sessão ajudou as empresas exportadoras como a Honda e a Fanuc a se recuperarem.

Além disso, as empresas farmacêuticas também encontraram apoio do investidor. O índice Nikkei avançou 0,1%, para 10.609,64 pontos, após queda de 2,6% no pregão de quarta-feira (16).

O volume de transações refletiu a volatilidade da sessão, com mais de 3,9 bilhões de ações negociadas conforme o Nikkei variava sob a pequena margem de 262 pontos.

Os principais índices de Tóquio abriram a sessão em alta, tendo em vista que o iene retomou sua trajetória de queda acentuada após uma recuperação contra o dólar na quarta-feira. No entanto, as ações não conseguiram manter os ganhos, visto que o preço da moeda japonesa variou durante toda a sessão.

O dólar chegou a cair para 88,13 ienes, enquanto o euro atingiu um valor mínimo de 117,01 ienes.

No fim da sessão, o dólar e o euro passaram subir depois de declarações do ministro de Economia do Japão, Akira Amari. A autoridade afirmou que o iene ainda está em processo de correção, causado por um fortalecimento excessivo nos últimos tempos.

Amari também disse que seus comentários, feitos ontem, de que um iene fraco demais não seria bom para a economia foram mal interpretados. As declarações de terça-feira foram vistas como gatilho para as vendas de ações do índice Nikkei.


As empresas exportadoras conseguiram se recuperar a partir da metade da sessão, fechando o dia com um ganho líquido. As montadoras também se beneficiaram com o aumento dos preços-alvo sugeridos pelo Credit Suisse, que elevou a meta para a Honda por causa do iene mais fraco e melhores vendas na América do Norte e outros mercados estratégicos. Na Bolsa de Tóquio, a Honda avançou 1,7%.

O Credit Suisse também elevou o alvo para as montadoras Isuzu, Hino e Suzuki.

No entanto, os exportadores de tecnologias mais voláteis terminaram o pregão em baixa. A Tokyo Electron caiu 2,0%, enquanto a Advantest perdeu 0,8% e a Olympus recuou 0,9%. Já as empresas tradicionalmente defensivas conseguiram consolidar grande parte de seus ganhos, a Softbank subiu 2,1% e a Japan Tobacco avançou 2,6%.

A Takeda Pharmaceutical liderou os ganhos das farmacêuticas com alta de 1,6%, enquanto a Astellas Pharma avançou 1,5%. A Shionogi teve acréscimo de 2,0%.

A Sony fechou em alta de 5,7%, após uma elevação da recomendação do Goldman Sachs de "Vender" para "Neutra". A corretora também elevou o preço-alvo de 12 meses da empresa, citando o enfraquecimento do iene e a redução das perdas no setor de TV de LCD.

A Sharp avançou 7,3%, depois que uma reportagem do jornal Nikkei de que a empresa está na fase final de negociações com a chinesa Lenovo sobre uma parceria no setor de televisões. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMercado financeiroNikkei

Mais de Mercados

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap