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Bolsa de Tóquio fecha com maior ganho desde outubro de 2014

O Nikkei subiu 3,2%, a 18.376,83 pontos, após acumular perdas de 14% nos seis pregões anteriores


	Resultado das medidas recentes do PBoC: o Nikkei subiu 3,2%, a 18.376,83 pontos, após acumular perdas de 14% nos seis pregões anteriores
 (REUTERS/Issei Kato)

Resultado das medidas recentes do PBoC: o Nikkei subiu 3,2%, a 18.376,83 pontos, após acumular perdas de 14% nos seis pregões anteriores (REUTERS/Issei Kato)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 06h58.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou o pregão desta quarta-feira com o maior ganho desde outubro do ano passado, depois de o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) adotar medidas de relaxamento monetário que aliviaram um pouco os temores em relação a uma desaceleração da economia global.

O Nikkei, índice que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, subiu 3,2%, a 18.376,83 pontos, após acumular perdas de 14% nos seis pregões anteriores. A valorização de hoje foi a maior desde 31 de outubro de 2014.

Nos últimos dias, o mercado japonês ficou pressionado em meio a preocupações com a saúde econômica da China e suas implicações para o crescimento mundial e incertezas sobre a perspectiva da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Para Shingo Kumazawa, estrategista da Daiwa Securities, a onda de liquidação no mercado japonês pode ter se esgotado, por enquanto. "O mercado provavelmente exagerou na projeção econômica (sombria)", avaliou.

O bom humor em Tóquio veio após o PBoC ter anunciado ontem novos cortes de taxas de juros e dos compulsórios exigidos dos bancos, na última tentativa de conter a desaceleração chinesa e a forte turbulência nos mercados acionários locais. Apesar disso, a Bolsa de Xangai, a principal da China, encerrou os negócios de hoje com queda de 1,3%, após uma sessão de forte volatilidade.

Entre as ações de destaque em Tóquio, estiveram os fabricantes de componentes eletrônicos Murata Manufacturing e Nitto Denko, que saltaram 11% e 9,3%, respectivamente.

Por outro lado, empresas influenciadas pelo desempenho econômico chinês fecharam em tom negativo: o fabricante de equipamentos de construção Komatsu caiu 1,9%, enquanto a Unicharm, do ramo de produtos de higiene, recuou 1,3%. 

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