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Bolsa de Tóquio abre em forte queda de 7% após nova explosão em usina

Queda já é maior do que a vista no crash dos mercados em 1987; Toyota e Sony caem forte

Médico checa o nível de radiação de uma mulher em Nihonmatsu, no Japão (Yomiuri Shimbun/AFP)

Médico checa o nível de radiação de uma mulher em Nihonmatsu, no Japão (Yomiuri Shimbun/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 00h06.

São Paulo – O índice Nikkei 225, o principal da bolsa de Tóquio, abriu em forte queda na manhã de terça-feira no Japão. Logo no início do pregão, o índice já marca uma baixa de 6%, para 9.047 pontos. O índice Topix, também da bolsa japonesa, recua 7%, para 787 pontos.</p>

A bolsa de Tóquio já tinha sofrido na véspera em reflexo ao terremoto que atingiu o país na sexta-feira. Os mercados, na ocasião, já estavam perto do fechamento e o efeito do desastre ficou reservado para o início desta semana. O Nikkei recuou 6,2% no fechamento de segunda-feira.

O desempenho dessa sessão já é considerado o pior desde o crash dos mercados de ações de 1987. Em 19 de outubro daquele ano (conhecida como a segunda-feira negra), o índice Dow Jones, o principal da bolsa de Nova York, registrou a sua maior queda, impressionantes 22,6%.

As ações da Tokyio Eletric Power, maior geradora de energia da Ásia, recuam 25% após a empresa confirmar a terceira explosão na usina nuclear em Fukushima, norte de Tóquio. Os papéis da Sony, maior exportadora de eletrônicos do país, caíam 5,4%. Os papéis da Toyota, maior montadora de automóveis do mundo, recuavam 4,5%.

Os títulos da dívida do governo japonês sobem por mais um dia. O aumento na procura é reflexo do sentimento dos investidores que buscam aplicações mais seguras.

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