Mercados

Bolsa cede na abertura com pesquisa eleitoral contrapondo exterior

Às 10:05, o Ibovespa caía 0,53 por cento, a 77.895,61 pontos

Bolsa: mercado digere pesquisa eleitoral (Germano Lüders/Reuters)

Bolsa: mercado digere pesquisa eleitoral (Germano Lüders/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 10h31.

Última atualização em 19 de setembro de 2018 às 12h04.

São Paulo - O tom negativo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta quarta-feira, após o Ibovespa subir quase 5 por cento nos últimos três pregões, com agentes financeiros repercutindo pesquisa eleitoral mostrando forte crescimento do candidato do PT na disputa presidencial.

Às 11:16, o principal índice de ações da B3 caía 0,37 por cento, a 78.027,24 pontos. O volume financeiro somava 1,9 bilhão de reais.

Pesquisa Ibope divulgada na noite de terça-feira mostrou que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, continua na liderança, agora com 28 por cento das intenções de voto, enquanto o petista Fernando Haddad cresceu 11 pontos em relação à pesquisa anterior, chegando a 19 por cento.

Na visão da equipe da corretora Brasil Plural, a pesquisa sinaliza que um cenário de segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT está se consolidando.

A equipe de estratégia e análise da XP Investimentos também avalia ser provável uma disputa entre Bolsonaro e Haddad no segundo turno, com resultado ainda indefinido. "Esperamos volatilidade ao longo das próximas semanas, o cenário de segundo turno está longe de ser definido, e a rejeição de Bolsonaro é o maior desafio para o mercado", disse a equipe em nota a clientes.

Ainda na cena local, também está no radar decisão de política monetária do Banco Central, prevista para após o fechamento da bolsa, com expectativa majoritária de estabilidade da taxa Selic na mínima recorde de 6,5 por cento ao ano.

O foco está voltado para o comunicado que acompanha a decisão, principalmente porque a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dia 30 e 31 de outubro, ocorrerá com novo presidente eleito.

No exterior, praças acionárias não mostravam uma tendência firme, com as questões comerciais entre Estados Unidos e China ainda no radar de investidores, embora expectativas de novos estímulos econômicos por Pequim fornecessem algum suporte para mercados emergentes.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha variação positiva de 0,12 por cento.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,86 por cento e BRADESCO PN caía 1,08 por cento, após fortes ganhos recentes, com o setor bancário do Ibovespacomo um todo no vermelho, uma vez que figura entre os mais sensíveis a expectativas eleitorais. SANTANDER BRASIL UNIT cedia 1,35 por cento e BANCO DO BRASIL recuava 1,31 por cento.

- PETROBRAS PN subia 0,25 por cento, na quarta alta seguida, em sessão com o preço do petróleo no mercado internacional ensaiando melhora.

- MAGAZINE LUIZA caía 3,05 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, com o setor de consumo de modo geral afetado pelo viés negativo no pregão. LOJAS AMERICANAS PN perdia 2,02 por cento.

- VALE subia 2,23 por cento, contrabalançando as perdas dado o seu peso relevante no Ibovespa, acompanhando o movimento de outras mineradoras no exterior, dada a possibilidade de novos estímulos chineses. USIMINAS PNA avançava 1,75 por cento, capitaneando os ganhos do setor siderúrgico no índice.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresEleições 2018InvestidoresMercado financeiro

Mais de Mercados

Banco do Brasil tem lucro de R$ 9,5 bilhões no 3º tri, alta de 8%

Nubank supera consenso, com lucro de US$ 553 milhões no terceiro trimestre

Estrangeiros tiram mais de R$ 1 bi da B3 desde vitória de Donald Trump

Por que o guru dos mercados emergentes está otimista com novo governo Trump