Bolsa abre sem viés claro nesta quarta-feira (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Reuters
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 10h22.
Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 11h54.
São Paulo — O tom negativo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta quarta-feira, marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e índice futuro, com os papéis da Vale entre as maiores pressões de baixa, na esteira da queda do minério de ferro na China.
Às 11:28, o Ibovespa caía 0,39%, a 104.086,47. O volume financeiro somava 3,4 bilhões de reais.
O declínio no pregão brasileiro era corroborado pela fraqueza de mercados acionários no exterior, em meio ao ceticismo com o recente acordo comercial entre Estados Unidos e China, com o S&P em baixa de 0,3%.
A equipe da Guide Investimentos chamou a atenção para a aprovação de medidas de apoio a Hong Kong pela Câmara dos Deputados dos EUA como evento que pode dificultar a relação entre Washington e Pequim.
O governo chinês advertiu que, se adotadas as medidas, tomará medidas efetivas para proteger firmemente sua soberania.
"Não há indício de que o acordo parcial firmado entre as duas maiores economias do mundo na última rodada de negociações será comprometido, mas o fato de a China já estar cogitando retaliação não é recebido como bom sinal", disse a Guide.
Autoridades do FMI afirmaram nesta quarta-feira que as tensões comerciais entre EUA e China são uma fonte significativa de risco para a economia global, com "efeitos reais de repercussão" nos mercados emergentes.
No Brasil, as atenções seguem voltadas para Brasília. Após o Senado aprovar projeto de lei que trata da divisão dos recursos do megaleilão da cessão onerosa, agentes financeiros aguardam desfecho da reforma da Previdência e avanço na pauta econômica.
- VALE ON caía 1,7%, após queda de mais de 3% nos futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian, para o menor nível em 6 semanas, após o pólo siderúrgico de Tangshan emitir alerta de poluição de segundo nível que exige que usinas de aço limitem mais suas operações.
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1%, também entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, em sessão de fraqueza generalizada entre bancos. BRADESCO PN caía 0,2%.
- LOCALIZA ON perdia 2,2%. Em nota a clientes, equipe da Brasil Plural chamou atenção a projeto de lei em discussão na Câmara que prevê aumento do prazo sem recolhimento de ICMS de 12 para 24 meses a revendedores de veículos, o que afetaria as locadoras de automóveis.
- PETROBRAS PN cedia 0,3%, após cinco sessões consecutivas de alta, tendo de pano de fundo pequena variação do preço do petróleo no mercado internacional.
- GPA PN valorizava-se 0,4%, após divulgar que suas as vendas totais atingiram 14,57 bilhões de reais entre julho e setembro, um acréscimo de 9,5% ante o mesmo período de 2018, em trimestre marcado pela evolução da estratégia de expansão e adequação de formatos.