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Bolsa cai; Justiça barra Petro…

Bolsa cai O Ibovespa fechou o dia em queda de 0,8%, em 59.831 pontos, novamente abaixo dos 60.000. A queda foi motivada pelo desempenho ruim das ações da Petrobras (veja abaixo). A maior alta do pregão foi novamente da petroquímica Braskem, ainda por causa do acordo de leniência da Odebrecht, sua maior controladora, e da […]

BR DISTRIBUIDORA: venda da subsidiária da Petrobras foi barrada pela justiça, que afirma que a operação viola a legislação / Mario Tama/Getty Images

BR DISTRIBUIDORA: venda da subsidiária da Petrobras foi barrada pela justiça, que afirma que a operação viola a legislação / Mario Tama/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 17h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h58.

Bolsa cai

O Ibovespa fechou o dia em queda de 0,8%, em 59.831 pontos, novamente abaixo dos 60.000. A queda foi motivada pelo desempenho ruim das ações da Petrobras (veja abaixo). A maior alta do pregão foi novamente da petroquímica Braskem, ainda por causa do acordo de leniência da Odebrecht, sua maior controladora, e da mudança de performance para “acima da média”, pelo banco JPMorgan. Diante da alta do minério de ferro na China, a mineradora Vale subiu 0,6% e as siderúrgicas também tiveram alta, com destaque para Gerdau e Usiminas, 1,27% e 1,76%, respectivamente.

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Dólar e manifestações

O dólar caiu 1,24%, terminando cotado em 3,42 reais nesta segunda-feira. A queda é resultado das manifestações contra a corrupção, realizadas por todo o país no domingo 4, em apoio a operação Lava Jato, trazendo confiança para os investidores.e também por forte atuação do Banco Central. O Banco Central também atuou com força, vendendo 15.000 contratos de dólar futuro em operações de swap cambial tradicional.

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Impedimento na Petrobras

Apesar da alta nos contratos de petróleo, as ações ordinárias da Petrobras despencaram 3,38% na bolsa após a Justiça decretar a suspensão da venda de participações da Petrobras na BR Distribuidora, subsidiária da petroleira que detém mais de 7.000 postos de gasolina no Brasil. Segundo a ação, a Petrobras estaria infringindo a legislação por se desfazer do controle, vendendo 51% da companhia sem realizar uma licitação. A Petrobras rebateu dizendo que é uma sociedade de economia mista, livre para atuar em regime de competição, realizando operações de desinvestimento que estão ligadas à estratégia da empresa.

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Estímulos de curto prazo

O presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmaram em evento da Fiesp, em São Paulo, que estão tomando medidas de curto prazo para estimular a economia. “Estamos estudando medidas rápidas e velozes com vista a dinamizar muito proximamente a economia, especialmente no setor de construção civil, do microempresário, da microempresa”, disse Temer, que também ressaltou que as mudanças estruturais que o país necessita são lentas, apesar do plano de concessões do governo. Meirelles reiterou que a solução para o problema do gasto público está próxima com “passos gigantes” dados em torno da aprovação da PEC do Teto dos Gastos.

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Opep recorde

Após decidir por limitar a produção de petróleo na semana passada, a Opep anunciou que os países-membros tiveram uma prospecção acumulada recorde de 34,2 milhões de barris por dia em novembro. De acordo com o firmado na reunião da semana passado, o cartel tem de diminuir a produção para 32,5 milhões de barris por dia. O anúncio do corte na produção elevou os preços do barril de petróleo, e o contrato futuro do Brent fechou cotado em 55 dólares nesta segunda-feira, a maior alta dos últimos 16 meses. Apesar disso, a Opep informou em comunicado que não teme uma redução da demanda.

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2017 pessimista

No boletim Focus desta semana, analistas de mercado reduziram a perspectiva de crescimento no ano que vem de 0,98% para 0,8%. Em semanas anteriores já havia sido reportada a redução no crescimento, inclusive com o próprio Ministério da Fazenda reduzindo as expectativas oficiais. É esperada queda de 3,43% do PIB em 2016. Ainda no Focus, o mercado espera reduções mais acentuadas na taxa básica de juro (Selic) durante as reuniões do primeiro semestre de 2017, com cortes de 0,5% — a expectativa é que, ao final do ano, a Selic seja de 10,5%.

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