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Bolsa cai com rebaixamento de bancos, OGX e EUA

A OGX cai pelo segundo dia após dizer ontem que cortou em até 75 % as metas de produção de seus dois primeiros poços

BMF&Bovespa: o Ibovespa ensaia a segunda queda consecutiva com OGX e bancos (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

BMF&Bovespa: o Ibovespa ensaia a segunda queda consecutiva com OGX e bancos (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 16h04.

São Paulo - O Ibovespa caminha para segunda queda seguida, derrubado pelos papéis de bancos, que tiveram suas notas de crédito rebaixadas pela Moody’s Investors Service Inc., e pelas ações da OGX Petróleo e Gás Participações SA. O aumento do desemprego na Alemanha e a expectativa pelo encontro de líderes europeus também derrubam os mercados pelo mundo.

Os juros futuros caem após relatório do Banco Central mostrar queda das projeções para a inflação em 2013 e para o crescimento da economia neste ano. O dólar sobe e volta a ser cotado acima de R$ 2,09 com a aversão externa ao risco ofuscando o efeito de leilão de swap.

Internacional: Bolsas caem com Alemanha antes de encontro

As principais bolsas europeias fecharam em queda e as americanas caem após dado mostrar aumento do desemprego na Alemanha e com o início de reunião de dois dias para debater a crise. Na China, o Shanghai Composite anulou os ganhos no ano.

O desemprego na Alemanha foi revisado para cima em maio e mantido em junho nesse patamar mais elevado de 6,8 %, percentual acima da mediana de 30 estimativas de analistas em pesquisa Bloomberg. Na China, dado PMI de atividade que será divulgado no fim de semana deve mostrar retração, segundo economistas.

Líderes europeus iniciam hoje seu 19º encontro para debater a crise da dívida. A Itália vendeu títulos de 10 anos em leilão hoje a 6,19 %, ante 6,03 % em 30 de maio, enquanto o papel de 2017 saiu a 5,84 %, ante 5,66 % em maio.

Bolsa: Ibovespa ensaia 2ª queda seguida com OGX, Vale e bancos

O Ibovespa ensaia a segunda queda consecutiva com OGX e bancos.


A OGX cai pelo segundo dia após dizer ontem que cortou em até 75 % as metas de produção de seus dois primeiros poços. A segunda maior influência de queda é a Vale SA, com a queda dos metais no mercado internacional. O Banco Bradesco SA e o Itaú Unibanco Holding SA também estão entre as maiores pressões para a queda do Ibovespa depois que ambos, e mais seis instituições, tiveram as notas de crédito rebaixadas pela Moody’s Investors Service.

O Bradesco aumentou a queda depois que a colunista Sonia Racy, de O Estado de S. Paulo, publicou que a instituição está comprando o Banco BMG SA. A colunista não disse onde conseguiu a informação.

“Até o Banco Central já está dizendo que o crescimento deve ser mais baixo do que se esperava, o que é um sinal negativo”, disse Fausto Gouveia, que ajuda a administrar R$ 380 milhões na Legan Administração de Recursos, em entrevista por telefone de São Paulo. “OGX ainda não parece ter recuperado a confiança do mercado. Isso deve continuar puxando o Ibovespa para baixo.”

O BC reduziu sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto neste ano para 2,5 %, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação publicado hoje. Em março, a projeção era expansão de 3,5 % no PIB em 2012.

Quatro construtoras estão entre os papéis que mais tentam pressionar o Ibovespa para a alta: MRV Engenharia e Participações SA, Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos e Participações, PDG Realty SA Empreendimentos e Participações e Rossi Residencial SA.

Juros: DI cai com relatório de inflação do BC e cenário externo

Os juros nos mercados futuros caem após relatório divulgado pelo BC mostrar queda nas estimativas para a inflação em 2013 e PIB este ano e diante da deterioração do cenário externo, que estimulam apostas em um corte maior prolongado da taxa básica.


O BC reduziu de 5,3 % para 4,9 % a estimativa para a inflação ao consumidor em 2013 pelo cenário de mercado e de 5,2 % para 5 % no cenário de referência, segundo o relatório trimestral de inflação divulgado hoje. Para 2012, as projeções ficaram em 4,7 % nos dois cenários.

“As informações têm efeito positivo,” disse Flavio Serrano, economista sênior do Banco Espirito Santo de Investimentos, em entrevista por telefone de São Paulo. “O BC mostra que inflação está boa, a resposta do mercado deve ser positiva.”

O Conselho Monetário Nacional definiu a meta de inflação para 2014 em 4,5 %, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, mesma meta aual.

DI Janeiro 2013: -3 pontos-base, para 7,62%, às 15:26
DI Janeiro 2014: -7 pontos-base, para 7,87%, às 15:26

Câmbio: Dólar sobe com crise europeia baixando apetite por risco

O dólar sobe contra o real com receios sobre a crise europeia neutralizando o efeito de leilão de swap realizado hoje pelo Banco Central.
“As chances são grandes de o encontro europeu não ter qualquer resultado concreto e os mercados estão antecipando”, disse Darwin Dib, economista-chefe da CM Capital Markets Asset Management, em entrevista por telefone de São Paulo. “O leilão de swap tem efeito no mercado, mas o fator decisivo para o câmbio é o externo.”

O BC colocou todos os 60.000 contratos de swap no leilão hoje.

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