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Bolsa cai 3,71%; Inflação desacelera…

Queda livre O Ibovespa operou em baixa o dia todo e fechou com a maior queda desde fevereiro – 3,71%, a 57,999 pontos. No acumulado da semana, a queda foi de 2,71%. O movimento segue os mercados internacionais, que também caíram forte nesta sexta-feira. A Nasdaq fechou em queda de 2,29% e o Dow Jones […]

Bolsa em queda: Nasdaq acumula queda de 10% nos últimos três pregões (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsa em queda: Nasdaq acumula queda de 10% nos últimos três pregões (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 18h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h44.

Queda livre

O Ibovespa operou em baixa o dia todo e fechou com a maior queda desde fevereiro – 3,71%, a 57,999 pontos. No acumulado da semana, a queda foi de 2,71%. O movimento segue os mercados internacionais, que também caíram forte nesta sexta-feira. A Nasdaq fechou em queda de 2,29% e o Dow Jones caiu 1,85%. De todas as 58 ações que compõe o índice Ibovespa, apenas duas subiram – Fibria e Suzano (veja abaixo). As maiores quedas foram das CSN e Gerdau, que caíram 6,38% e 5,12% respectivamente, na esteira de notícias que podem levar a um aumento de produção de aço na China, e da empresa de energia Cemig, que caiu 7,1%. Papéis ordinários da Vale fecharam em queda de 5,23% depois de nova queda no preço do minério de ferro. Após alta na quinta–feira, as ações ordinárias da Petrobras caíram 5,4% diante da queda no valor de contratos futuros do barril de petróleo.

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A queda explicada

Entre os motivos que derrubaram os mercados brasileiro e internacional nesta sexta-feira estão as novas especulações sobre a decisão do FED, o banco central americano, de aumentar os juros. Receios sobre a mudança da taxa surgiram após o presidente do FED de Boston, Eric Rosengren, dizer que manter as taxas atuais pode superaquecer a economia americana. Na segunda-feira, a presidente do FED de Washington, Lael Brainard, deve fazer um discurso sobre o possível aumento da taxa de juros. O teste nuclear que a Coreia do Norte realizou hoje também impactou o mercado, principalmente na Ásia. Por fim, a decisão do Banco Central Europeu em manter a taxa de juros do bloco em 0% também desanimou os investidores.

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Celulose na contramão
 
Únicos papéis que subiram na forte queda do mercado desta sexta-feira, as ações das fabricantes de celulose Fibria e Suzano valorizaram 2,9% e 0,9%, respectivamente, diante da alta do dólar. A moeda americana fechou o dia em alta de 2,17% ante o real, cotada em 3,28 reais. É a maior alta diária da moeda desde maio. A moeda foi impulsionada também pelas especulações de aumento da taxa de juro americana. Desde a cotação mínima dos papéis da Fibria no ano, que foi no dia 5 de agosto, as ações da empresa já acumulam ganho de 23%.

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Inflação a 0,44
 
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação fechou o mês de agosto com uma alta de 0,44% ante julho, chegando a 8,97% no acumulado dos últimos 12 meses. É o maior valor para o índice no mês de agosto desde 2007. Em 2016, a taxa já acumula alta de 5,42%.

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Ilan: nas mãos do mercado
 
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o BC está monitorando as percepções de risco dos investidores no país para realizar o corte da taxa básica de juro (Selic). Recentemente, a instituição havia sinalizado que haveria espaço para cortes na Selic caso o governo colocasse as contas públicas em ordem. Segundo Goldfajn, a cúpula do banco está atento para ver se os investidores estão seguros nas medidas de austeridade do governo Michel Temer. No final de agosto, o BC escolheu manter a Selic em 14,25% pela nona vez consecutiva.

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Mais custos

O custo para construir 1 metro quadrado subiu 0,24% em agosto, segundo o Índice Nacional da Construção Civil, que mede a inflação no setor. A taxa já acumula alta de 5,98% nos últimos 12 meses. A mão de obra na construção civil também aumentou em agosto, 0,5%. O custo de materiais tiveram uma deflação nos preços de 0,03%.

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Bancários recebem proposta
 
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou proposta de 7% de reajuste aos sindicatos bancários, válida para salários e benefícios, no valor de 3.300 reais. Segundo a Federação, o valor é 10% maior do que a proposta inicial feita à categoria. Cerca de 41.000 funcionários dos bancos estão em greve há quatro dias. Os trabalhadores devem decidir os rumos da greve, bem como se aceitam a proposta, na assembleia que será realizada na segunda-feira 12. A categoria reivindica um reajuste de 14,7%.

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