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Bolsa cai 0,45% com tensões no exterior; Azul estreia em alta

Na máxima do dia, o principal índice da bolsa subiu 0,34%, enquanto no pior momento da sessão recuou 2%, aos 63.351 pontos

Azul: a companhia aérea fechou negociada a 22,40 reais, alta de 6,67 por cento ante o preço da oferta inicial de ações da empresa, de 21 reais (Azul/Divulgação)

Azul: a companhia aérea fechou negociada a 22,40 reais, alta de 6,67 por cento ante o preço da oferta inicial de ações da empresa, de 21 reais (Azul/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2017 às 18h32.

Última atualização em 11 de abril de 2017 às 19h00.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em baixa nesta terça-feira, mas distante das mínimas da sessão, com as tensões geopolíticas no exterior sendo parcialmente compensadas pela diminuição dos receios sobre o avanço da reforma da Previdência, em dia de estreia das ações da companhia aérea Azul.

O Ibovespa recuou 0,45 por cento, a 64.359 pontos.

Na máxima do dia, o índice subiu 0,34 por cento, enquanto no pior momento da sessão recuou 2 por cento, aos 63.351 pontos.

O giro financeiro somou 8 bilhões de reais, em sessão que também teve a volatilidade acentuada por ajustes de posições para os vencimentos de opções do Ibovespa e do índice futuro, na quarta-feira.

O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse após reunião com o presidente Michel Temer que não haverá mais um piso de idade para a entrada nas regras de transição em busca da aposentadoria e haverá uma redução do pedágio, numa indicação de acordo em um dos pontos polêmicos da proposta.

Já perto do fechamento dos negócios, no entanto, o jornal O Estado de S.Paulo publicou que o ministro Edson Fachin, relator dos processos relativos à operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra nove ministros de Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, ajudando a retomar o tom de cautela com o cenário político local.

No exterior, a situação entre Estados Unidos e Síria e seus desdobramentos permaneceu no radar, além de receios com relação à Coreia do Norte, após a mídia estatal do país alertar para um ataque nuclear contra os EUA em caso de provocação.

Antes da abertura dos negócios com as ações da Azul, terceira maior companhia aérea do país, o presidente da B3, Edemir Pinto, afirmou que a bolsa paulista espera cerca de 17 ofertas de ações, entre IPOs e emissões subsequentes, até o final deste ano, totalizando cerca de 25 bilhões de reais.

Ele, porém, não descartou um volume maior, dependendo do andamento da reforma da Previdência.

Destaques

- AZUL PN, que estreou nesta sessão na bolsa e não faz parte do Ibovespa, fechou negociada a 22,40 reais, alta de 6,67 por cento ante o preço da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa, de 21 reais. Nos EUA, os ADS da Azul tiveram valorização de 7,18 por cento, a 21,50 dólares. O presidente da companhia, Antonoaldo Neves, afirmou que o "IPO deixa a gente forte para enfrentar os desafios do dia a dia" e que a operação "demonstrou a confiança dos investidores na retomada da economia (...) e na superação da maior crise que o país já viveu".

- GOL PN, maior rival da Azul e que também não faz parte do Ibovespa, avançou 6,63 por cento, favorecida pela decisão do governo federal de permitir a abertura de 100 por cento do capital das companhias aéreas a estrangeiros.

- PETROBRAS PN caiu 1,74 por cento e PETROBRAS ON perdeu 2,43 por cento, mas afastando-se das mínimas da sessão, após os preços do petróleo no mercado internacional inverterem a tendência e fecharem no azul. Na mínima do dia, os papéis preferenciais da petroleira estatal caíram 2,61 por cento, enquanto os ordinários perderam de 3,4 por cento. [O/R]

- VALE PNA e VALE ON recuaram 1,27 por cento cada, na contramão dos preços do minério de ferro. Os contratos da commodity na China subiram nesta sessão, mas seguem pressionados em meio a preocupações de que a demanda esteja desacelerando no maior mercado mundial de materiais industriais.

- JBS ON subiu 3,77 por cento, mantendo a recuperação dos últimos pregões, após as fortes quedas registradas na esteira da operação Carne Fraca da Polícia Federal. O papel acumula alta de 10 por cento nos últimos três pregões, mas ainda está 12,8 por cento abaixo do valor do fechamento de 16 de março, véspera da deflagração da operação da PF.

- BRF ON ganhou 2,61 por cento. A empresa informou que retomaria nesta sessão o abate na unidade de Mineiros, após a realização de auditoria por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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