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Bolsa cai 0,89% e acumula perda de 2,20% em dois dias

São Paulo - A quinta-feira foi mais um dia de forte ajuste negativo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que voltou aos 65 mil pontos e acumulou perdas de 2,20% em apenas duas sessões. Os investidores continuam na defensiva diante da preocupação com o cenário macroeconômico doméstico, sobretudo a pressão inflacionária. A ata […]

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 18h00.

São Paulo - A quinta-feira foi mais um dia de forte ajuste negativo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que voltou aos 65 mil pontos e acumulou perdas de 2,20% em apenas duas sessões. Os investidores continuam na defensiva diante da preocupação com o cenário macroeconômico doméstico, sobretudo a pressão inflacionária. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje pela manhã não aliviou o quadro para a renda variável, que vem sendo afetada principalmente pelo tombo dos papéis ligados às commodities (matérias-primas negociadas em Bolsa).

Na contramão do índice Dow Jones da Bolsa de Nova York, o índice Bovespa encerrou o dia em queda de 0,89%, aos 65.673,21 pontos. Na mínima, registrou 65.105 pontos (-1,75%) e, na máxima, os 66.249 pontos (-0,02%). No mês, acumula perdas de 4,25% e, no ano, de 5,24%. O giro financeiro totalizou R$ 8,465 bilhões. Os dados são preliminares.

A ata do Copom sinalizou que o ajuste na taxa Selic (juro básico da economia brasileira) deve ser prolongado, ou seja, novas elevações da taxa virão nos próximos meses. Com essa perspectiva, as medidas macroprudenciais ficariam de lado. Mas tanto juros quanto medidas são ruins para a Bolsa, porque, num caso, esfriam a economia e, noutro, elevam a atratividade da renda fixa, o que estaria fazendo muitos investidores migrarem de mercado. Um movimento de "stop loss" (prevenção de prejuízo) em algumas ações também estaria prejudicando o Ibovespa.

Hoje, a maior parte dos poucos papéis que subiram era do setor defensivo, como energia e telecomunicações.

LLX ON liderou as perdas do Ibovespa, com baixa de 5,93%. A segunda maior queda foi de Santander unit, com -4,52%. Cyrela ON foi a terceira maior baixa, com -3,59%.

Vale ON caiu 0,77% e Vale PNA, -0,48%. Petrobras ON cedeu 0,62% e Petrobras PN caiu 1,13%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para junho subiu 0,09%, para US$ 112,86 o barril.

Em Nova York, os números dos pedidos de auxílio-desemprego e a perda de força do PIB norte-americano trouxeram algum desalento aos investidores, mas resultados corporativos garantiram ganhos aos papéis. O Dow Jones subiu 0,57%, aos 12.763,31 pontos, o índice S&P-500 fechou com alta de 0,09%, aos 2.872,53 pontos, e o Nasdaq avançou 0,36%, aos 1.360,48 pontos.

O Departamento do Comércio divulgou que o PIB dos EUA cresceu 1,8% nos três primeiros meses de 2011 ante o último trimestre do ano passado, em linha com as estimativas. Já os pedidos de auxílio-desemprego cresceram 25 mil na semana até 23 de abril, ante previsão de queda de 8 mil.

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