Ibovespa: índice bate recorde em antevéspera do Natal e acumula alta de 31,83% no ano (Bruno Rocha/Fotoarena)
Guilherme Guilherme
Publicado em 23 de dezembro de 2019 às 18h34.
Última atualização em 23 de dezembro de 2019 às 19h02.
O presente de aniversário chegou mais cedo no mercado de ações. Isso porque nesta segunda-feira (23), último pregão antes do Natal, o Ibovespa voltou a bater o recorde de fechamento ao subir 0,64% e encerrar em 115.863,29 pontos. No mês de dezembro, o principal índice da Bolsa acumula alta de 7,04% e de 31,83% no ano.
O tom positivo foi puxado, principalmente, pelas ações da Petrobras e dos grandes, que representam cerca de um terço do Ibovespa. Desse grupo, os papéis do Banco do Brasil foram os que mais subiram, com valorização de 3,02%, tendo no radar a parceria firmada entre a instituição financeira e a fintech Bom Pra Crédito (BPC), que visa a comparação e a contratação de empréstimos pessoais.
As ações de outro bancos, como Itaú e Bradesco subiram 0,93% e 0,63%, respectivamente. Já os papéis ordinários da Petrobras seguiram o movimento de apreciação do petróleo no mercado internacional e avançaram 1,47%, enquanto os preferenciais, 0,79%.
O destaque do pregão desta segunda, no entanto, estava no lado negativo. Pela manhã, as ações da B3, empresa que administra a Bolsa, chegaram a cair 6,47% - a maior queda intradiária em 18 meses. A reação foi uma espécie de resposta dos investidores à possibilidade de a B3 deixar de ser a única Bolsa em atividade no Brasil. Isso porque, hoje, a companhia informou que foi concluída o processo de arbitragem sobre o acesso à central depositária de renda variável.
A empresa mais interessada nesse processo é a ATS, do grupo (American Trading Group), que vem buscando a liberação para atuar como uma alternativa à B3. Porém, segundo o Valor, a ATS visa operar apenas no campo das negociações, sem a possibilidade de companhias se listarem nela. A B3 encerrou o pregão em queda de 4,54%.
Já a maior valorização da sessão ficou com as ações da Eletrobras, que registraram valorização de 7%, tendo no radar os esforços do governo federal em privatizá-la. Nesta segunda-feira, a Reuters informou que fontes próximas do assunto afirmam que não há outro plano. Na semana passado, o ativo da companhia chegou a cair depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, relatar as dificuldades para a privatização da companhia.
As ações da CSN também tiveram forte apreciação nessa antevéspera de Natal, subindo 5,21%. Em relatório, analistas da Guide Investimento disseram que a alta foi um reflexo do comunicado chinês sobre a redução de tarifas sobre exportação. “Como uma boa proporção de seu faturamento está atrelado à exportação, a redução de barreiras comerciais cria perspectivas positivas para a produção e, portanto, valorização da ação”