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Petrobras guia alta do Ibovespa; Cielo desaba

Às 10:50, o Ibovespa subia 0,95 por cento, a 94.168,7 pontos

B3: tom positivo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta quinta-feira (Cris Faga/Getty Images)

B3: tom positivo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta quinta-feira (Cris Faga/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2019 às 10h19.

Última atualização em 18 de abril de 2019 às 11h03.

São Paulo — O tom positivo prevalecia na bolsa paulista na manhã desta quinta-feira, véspera de feriado, com Petrobras entre os maiores suportes após reajuste do preço do diesel, enquanto Cielo desabava após movimento agressivo da rival Rede acirrar competição no setor de meios de pagamentos.

Às 10:50, o Ibovespa subia 0,95 por cento, a 94.168,7 pontos. O volume financeiro somava 2,27 bilhões de reais.

O noticiário político relacionado à proposta de reforma da Previdência continua no radar, após adiamento de votação do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A falta de articulação política e organização por parte do governo mantêm a bolsa sem uma tendência definida.

O Ibovespa caminha para fechar a semana no azul, mas em abril ainda acumula perdas de mais de 1 por cento.

A equipe da Coinvalores destacou em nota a clientes que investidores não receberam bem a postergação da discussão para a próxima semana, bem como a pressão para uma revisão do parecer do relator. "Adiaria mais o processo", afirmou.

No exterior, Wall Street trabalhava no azul, tendo de pano de fundo dados fortes sobre vendas de varejo nos Estados Unidos e expectativa de divulgação de relatório sobre o papel da Rússia na eleição norte-americana de 2016, enquanto os preços do petróleo também mostravam acréscimo.

Destaques

- PETROBRAS PN subia 3,2 por cento e PETROBRAS ON avançava 2,9 por cento, após anunciar na quarta-feira um aumento de 4,8 por cento no preço médio do diesel em suas refinarias. Em entrevista na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também afirmou que não foi "atingido" em sua autonomia no episódio em que o presidente Jair Bolsonaro agiu para evitar alta do preço do diesel pela Petrobras. O ministro acrescentou que o presidente "levantou a sobrancelha" sobre o tema de privatizar a petrolífera, num indicativo de menor resistência a essa ideia.

- VALE avançava 1,1 por cento, endossando o viés positivo, em sessão de alta de papéis de mineradoras também no exterior.

- USIMINAS PNA ganhava 3,1 por cento, mesmo após divulgar resultado trimestral considerado fraco por analistas, embora em linha, com o setor de siderurgia e mineração na bolsa como um todo em alta nesta quinta-feira. A Usiminas teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 474 milhões de reais no período, redução de 23,8 por cento na comparação anual. Separadamente, informou que investirá 1 bilhão de reais e terá despesas financeiras líquidas de 421 milhões de reais neste ano.

- CIELO desabava 8,5 por cento, após a rival Rede, do Itaú Unibanco, zerar taxa para antecipar recebíveis de lojistas que receberem pagamentos de compras com cartão de crédito à vista em terminais da empresa. Os lojistas receberão os valores depositados em dois dias. As condições valerão a partir de 2 de maio com faturamento na empresa de até 30 milhões de reais por ano. "A notícia é negativa para todos os adquirentes listados, Cielo, Stone e PagSeguro, em diferentes magnitudes, já que devem reagir ao movimento agressivo da Rede", destacou a equipe da XP Investimento em relatório a clientes.

- BANCO DO BRASIL valorizava-se 2,5 por cento, descolando da fraqueza dos bancos listados no Ibovespa, com BRADESCO PN em baixa de 0,6 por cento e ITAÚ UNIBANCO com oscilação positiva de 0,12 por cento. Analistas do Credit Suisse reiteraram recomendação 'outperform' ara BB e elevaram o preço-alvo das ações do banco estatal de 63 para 68 reais.

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