B3: bolsa paulista perdia força nesta quinta-feira (Amanda Perobelli/Reuters)
Reuters
Publicado em 15 de agosto de 2019 às 10h40.
Última atualização em 15 de agosto de 2019 às 15h13.
São Paulo — A bolsa paulista perdia força nesta quinta-feira e voltava a trabalhar com o Ibovespa abaixo dos 100 mil pontos, em sessão volátil no exterior e com uma pauta doméstica carregada de resultados corporativos no final da temporada de balanços.
Às 15:08, o Ibovespa caía 1,97%, a 98.284,53 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a subir a 101.014,41 pontos no melhor momento. O volume financeiro era de 6 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de 2,9%, maior declínio desde 27 de março, em meio a preocupação com recessão global.
De acordo com o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, investidores continuam bastante cautelosos com as notícias internacionais, particularmente em relação ao embate comercial EUA-China, o que explica a volatilidade no pregão.
Nesta sessão, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a afirmar que qualquer acordo comercial com Pequim precisa ser segundo os termos dos EUA.
A declaração ocorre no momento em que o governo chinês se prepara para adotar contramedidas em resposta às mais recentes tarifas norte-americanas sobre 300 bilhões de dólares em produtos chineses, embora negociações permaneça no radar.
Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,3%.
- JBS avançava 8,2%, após lucro líquido de 2,18 bilhões de reais no segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas. Na máxima até o momento, as ações subiram a 30,43 reais, recorde intradia.
- NATURA subia 1,4%, um dia depois de divulgar que o lucro do segundo trimestre mais que dobrou sobre um ano antes, apoiado em vendas fortes em todos os segmentos e em esforços de controle de custos.
- ULTRAPAR caía 5,9%, uma vez que viu seu lucro cair praticamente à metade no segundo trimestre, refletindo a queda ou estagnação da receita de todas as suas principais linhas de negócios.
- SABESP recuava 5,9%, tendo como pano de fundo queda de 10,9% no resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no segundo trimestre, para 1,2 bilhão de reais.
- VIA VAREJO cedia 1,5%, após fechar o segundo trimestre com prejuízo líquido de 154 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de 14 milhões registrado um ano antes.
- VALE perdia 1,5%, tendo de pano de fundo o declínio dos preços do minério de ferro na China, à medida que o aperto na oferta diminui, mas o esperado aumento da demanda pela China continua indefinido.
- PETROBRAS PN recuava 1,6%, na esteira dos preços do petróleo no mercado externo.
- ITAÚ UNIBANCO PN tinha pequenas variações e e BRADESCO PN cedia 0,5%, após fortes quedas na véspera, quando prevaleceu o viés negativo externo sobre as operações locais.
- OI ON, que não está no Ibovespa, caía 9%, após divulgar prejuízo líquido para o segundo trimestre na quarta-feira maior do que o esperado por analistas.