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Ibovespa experimenta trégua com ajuda do exterior; Eletrobras e JBS sobem

Às 11:26, o Ibovespa subia 0,1%, a 91.814,86 pontos; na máxima, subiu 0,87%

B3: bolsa paulista começou a terça-feira no azul (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

B3: bolsa paulista começou a terça-feira no azul (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2019 às 10h29.

Última atualização em 14 de maio de 2019 às 11h46.

São Paulo — A bolsa paulista começou a terça-feira no azul, com a relativa trégua nos discursos hostis entre Washington e Pequim abrindo espaço para uma recuperação após três pregões de queda, mas perdeu o fôlego e o Ibovespa oscilava próximo da estabilidade conforme segue o embate comercial entre os gigantes econômicos.

A temporada de balanços também ocupava as atenções, com as ações da Eletrobras e da JBS entre as maiores altas após resultado trimestral, enquanto Cosan era destaque negativo.

Às 11:26, o Ibovespa subia 0,1%, a 91.814,86 pontos. Na máxima, subiu 0,87%. O volume financeiro somava 2,64 bilhões de reais.

Nos três pregões anteriores, o Ibovespa acumulou queda de 4%.

No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve sua retórica pró-tarifas, mas prometeu um acordo com o presidente chinês, Xi Jinpin. "Vai acontecer e muito mais rápido do que as pessoas imaginam."

Pequim, por sua vez, disse que a China e os EUA concordaram em continuar conversando.

Em Wall Street, os pregões abriram em alta após forte declínio na véspera, quando o S&P 500 teve a sua maior queda percentual desde o começo do ano.

Apesar da melhora, a equipe da corretora Mirae Asset destacou que as ameaças comerciais entre EUA e China seguem no radar, conforme nota a clientes.

No Brasil, a cena política adicionava alguma cautela aos negócios, com relatórios de corretoras chamando atenção para a quebra de sigilo bancário do filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Agentes de mercado também destacaram a delação premiada do empresário Henrique Constantino, sócio da Gol, na qual o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é citado como envolvido em "benefícios financeiros".

"Os ruídos políticos têm aumentado a cada dia, o que contribui para o clima de aversão a risco", citou a equipe da corretora Rico.

Destaques

- ELETROBRAS ON subia 4,55%, após reportar lucro líquido de 1,347 bilhão de reais no primeiro trimestre do ano, um salto de 178% na comparação anual, influenciado por menores perdas na área de distribuição e maiores receitas de geração. ELETROBRAS PNB ganhava 2,64%.

- JBS avançava 4,76%, em meio a balanço do primeiro trimestre, com lucro líquido de cerca de 1,1 bilhão de reais, mais que o dobro do desempenho registrado um ano antes, com forte desempenho de unidade de suínos nos EUA. A companhia também disse ver melhora em operação de bovinos no Brasil com mais fábricas autorizadas a exportar.

- AZUL PN recuava 3,77%, entre as maiores quedas do Ibovespa. Na véspera, a companhia aérea fez nova tentativa de comprar algumas das rotas mais cobiçadas da Avianca Brasil, oferecendo 145 milhões de dólares.

- COSAN cedia 1,21%, mesmo após divulgar lucro líquido de 395,7 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 14,5% na comparação anual.

- VALE subia 0,51%, em sessão também positiva para mineradoras no exterior. A companhia está considerando aumentar a capacidade de produção de seu complexo Carajás Serra Sul para 150 milhões de toneladas por ano após 2020, segundo apresentação divulgada nesta terça-feira. Ainda, oCredit Suisse elevou preço-alvo do ADR da Vale de 16,5 para 18 dólares.

- CSN valorizava-se 3,06%, tendo de pano de fundo decisão de analistas do Credit Suisse de elevar preço-alvo das ações para 16 reais ante 15 reais, embora a recomendação 'neutra' tenha sido mantida.

- GPA PN ganhava 2,10%, tendo no radar notícia do jornal Valor Econômico de que a empresário Michael Klein se aliou à XP para fazer uma proposta de aquisição das ações da Via Varejo detidas pelo GPA. VIA VAREJO subia 0,85%. O BTG Pactual também reafirmou recomendação de 'compra' para o GPA, com preço-alvo de 106 reais.

- MARFRIG caía 2,53% nesta sessão, véspera da divulgação do balanço, prevista para a quarta-feira, após o fechamento do mercado.

- PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,08%, em dia de avanço dos preços do petróleo no mercado internacional. A companhia informou na segunda-feira que iniciou a etapa de divulgação de oportunidade para venda integral de sua participação de 93,7% na empresa Breitener Energética, que possui duas unidades termelétricas em Manaus.

- BRADESCO PN cedia 0,21% e ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,53%, em nova sessão negativa para ações de bancos. BANCO DO BRASIL perdia 0,95%.

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