B3: Ibovespa perdia fôlego nesta sexta-feira (Cris Faga/Getty Images)
Reuters
Publicado em 2 de agosto de 2019 às 10h18.
Última atualização em 2 de agosto de 2019 às 12h05.
São Paulo — O Ibovespa perdia fôlego nesta sexta-feira, minado pelo viés negativo nas bolsas externas por preocupações com o embate comercial entre os Estados Unidos e a China, após subir mais de 1% com as ações da Petrobras entre as maiores altas após a companhia reportar lucro recorde no segundo trimestre.
Às 11:40, o Ibovespa caía 0,3 %, a 101.817,72 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a subir 1%. O volume financeiro somava 6,2 bilhões de reais.
O efeito positivo do noticiário corporativo doméstico era ofuscado pela escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após o presidente norte-americano, Donald Trump, prometer adotar tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir do próximo mês.
Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,9%, com dados do mercado de trabalho norte-americano também corroborando para o cenário de desaceleração da maior economia do mundo.
A equipe da corretora Guide Investimentos destacou que o mercado brasileiro segue reagindo à temporada de balanços, mas que, no exterior as bolsas mantêm o movimento de 'risk-off'. "Com isso, esperamos um dia de viés neutro/negativo para ativos de risco locais", afirmou em nota a clientes.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 3,05% e 2,01%, após divulgar lucro líquido recorde de 18,87 bilhões de reais para o segundo trimestre, aumento de 87% ante o mesmo período do ano passado. A alta era ajudada pela recuperação dos preços do petróleo após forte queda na véspera.
- CVC valorizava-se 2,22%, após sua controlada Submarino Viagens celebrar proposta vinculante para aquisição da operadora de turismo argentina Almundo por 77 milhões de dólares.
- KROTON subia 3,04%, tendo de pano de fundo afirmação de que contempla "potencialmente" operação de mercado de capitais envolvendo educação básica entre alternativas para maximizar valor a acionistas.
- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON perdiam 0,72% e 0,62%, respectivamente, depois de subirem mais cedo, quando repercutiram autorização do presidente Jair Bolsonaro para que sejam aprofundados estudos para a desestatização da companhia.
- BRADESCO PN recuava 0,47%, enfraquecendo em relação ao começo do pregão, assim como ITAÚ UNIBANCO PN, que mostrava queda de 0,77%, pesando no Ibovespa. BANCO DO BRASIL tinha declínio de 1,44% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 1,61%.
- CIELO perdia 4,31%, após disparar no final do pregão de quinta-feira depois de notícia de que o BB estuda vender sua participação na companhia. A Cielo disse que não tinha conhecimento sobre as informações.
- VALE caía 1,45%, conforme os contratos futuros de minério de ferro negociados na China caíram mais de 4% nesta sexta-feira, depois que o Brasil anunciou uma recuperação nas exportações da matéria-prima siderúrgica em julho.