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Bolsa avança com Petrobras e busca se manter acima de 90 mil pontos

Na véspera, o Ibovespa atingiu máxima histórica em um dia com mais de 91 mil pontos graças à trégua no embate comercial China-EUA

Ibovespa: ações de Itaú Unibanco e Petrobras entre os principais suportes de alta na bolsa (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: ações de Itaú Unibanco e Petrobras entre os principais suportes de alta na bolsa (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 12h48.

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava se sustentar acima dos 90 mil pontos nesta terça-feira, com as ações de Itaú Unibanco e Petrobras entre os principais suportes de alta, em meio a um cenário externo sem viés único e enquanto agentes financeiros monitoram reuniões do presidente eleito na capital federal.

Às 11h57, o principal índice de ações da B3 subia 0,36 por cento, a 90.142,34 pontos. O volume financeiro somava 2,4 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa atingiu máxima intradia histórica acima de 91 mil pontos, embalado pela trégua no embate comercial entre Estados Unidos e China, mas encerrou o dia longe das máximas, embora com novo recorde de fechamento, a 89.820 pontos, alta de 0,35 por cento.

Segundo a equipe da corretora Mirae, também está no radar eventual votação do projeto que trata da cessão onerosa, embora um desfecho nesta sessão seja pouco provável.

Em Brasília, Jair Bolsonaro deve se reunir com parlamentares e futuros ministros.

De acordo com profissionais da área de renda variável, investidores estrangeiros seguem na expectativa de novidades efetivas sobre as políticas econômicas do novo governo.

Para estrategistas do Itaú BBA, os dados de fluxo de capital externo estão possivelmente indicando que os estrangeiros precisam de gatilhos locais antes de retornar ao mercado.

"Eles também podem estar querendo ver progressos concretos nas reformas econômicas, que terão que esperar até que o novo Congresso comece a trabalhar em fevereiro do próximo ano", afirmou a equipe liderada por Luiz Cherman, em relatório distribuído a clientes.

Dados de novembro até o dia 29 mostravam saldo negativo de 3 bilhões de reais no capital externo no segmento Bovespa, totalizando saídas líquidas de 9 bilhões de reais em 2018.

No exterior, os futuros acionários nos EUA recuavam, reflexo de certo ceticismo com as chances de um avanço nas negociações entre Washington e Pequim, além de preocupações sobre o crescimento da economia norte-americana. O petróleo, por sua vez, subia com expectativa de corte de produção.

Destaques

- PETROBRAS PN subia 0,69 por cento, em sessão de alta dos preços do petróleo e após acordo sobre dívidas com a Eletrobras, além de ter no radar discussões sobre a cessão onerosa. A petrolífera também disse que paralisou unidade da Refinaria Abreu e Lima após incêndio, mas disse que o abastecimento de combustíveis está garantido.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,79 por cento, respondendo por relevante contribuição positiva para o Ibovespa, enquanto BRADESCO PN tinha variação negativa de 0,37 por cento, SANTANDER BRASIL UNIT subia 0,67 por cento e BANCO DO BRASIL ganhava 0,68 por cento.

- ELETROBRAS ON tinha elevação de 3 por cento, após fechar um novo acordo de negociação de dívidas com a Petrobras para recomposição de garantias e equacionamento de dívidas em atraso.

- SABESP valorizava-se 1,79 por cento, em meio ao anúncio na véspera de que o engenheiro Benedito Braga foi indicador pelo governador eleito de São Paulo para a presidência da companhia de água e saneamento no lugar de Karla Bertocco.

- GERDAU PN caía 0,5 por cento, após saltar mais de 4 por cento na véspera, com siderúrgicas em geral passando por ajuste negativo nesta sessão. No exterior, os futuros do aço na China chegaram a cair para o nível mais baixo em sete meses e meio nesta terça-feira, depois dos fortes ganhos na véspera.

- VALE recuava 0,3 por cento, também corrigindo parte da alta da segunda-feira, em movimento alinhado ao declínio de ações de mineradoras na Europa.

- CCR perdia 2,6 por cento, após subir mais de 13 por cento na semana passada, em destaque na ponta negativa junto com a rival ECORODOVIAS, que cedia 1,5 por cento.

 

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