B3: bolsa paulista não mostrava tendência clara nesta sexta-feira (Cris Faga/Getty Images)
Reuters
Publicado em 1 de março de 2019 às 10h14.
Última atualização em 1 de março de 2019 às 12h50.
São Paulo - A bolsa paulista não mostrava tendência clara nesta sexta-feira, no primeiro pregão do mês, com o declínio de Vale minando o efeito positivo de praças acionárias no exterior, em sessão véspera fim de semana prolongado no Brasil.
Às 12:08, o Ibovespa caía 0,09 por cento, a 95.495,41 pontos. O volume financeiro somava 4,15 bilhões de reais.
No exterior, o ânimo era apoiado por números melhores sobre a economia chinesa, assim como dados benignos sobre preços nos Estados Unidos. Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,8 por cento, em movimento alinhado a pregões na Europa e Ásia.
Fevereiro encerrou com o Ibovespa em queda de 1,86 por cento, mas o acumulado do ano ainda mostra ganho 8,76 por cento, dada a alta de 10,8 por cento em janeiro.
Estrategistas entraram em março com carteiras recomendadas refletindo cautela, enquanto aguardam novidades sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, mas sem tirar do radar o cenário externo.
A equipe do BTG Pactual ajustou seu portfólio antecipando um período de mais volatilidade com as discussões da proposta na Câmara dos Deputados, mas afirmou que continua confiante de que o Ibovespa manterá uma tendência de alta no médio/longo prazo.
- VALE caía 1,76 por cento, tendo no radar reportagem da agência Bloomberg de que o governo brasileiro abriu um processo administrativo para investigar a mineradora e que caso ela seja culpada poderia sofrer multa de até 20 por cento do faturamento bruto de 2018. "Embora seja difícil de avaliar neste momento a probabilidade de a Vale realmente perder esse caso, reconhecemos que é provável que continuem ocorrendo 'overhangs' como esse, reduzindo o interesse dos investidores nas ações", afirmou o Itaú BBA, em nota a clientes.
- PETROBRAS PN subia 0,15 por cento e PETROBRAS ON avançava 0,17 por cento, mesmo em sessão de queda do petróleo, com agentes financeiros também repercutindo ainda resultado e sinalizações da petrolífera, bem como novidades relacionadas ao leilão de excedentes da cessão onerosa.
- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,3 por cento, recuperando-se de perdas na véspera a contribuindo do lado positivo, com BRADESCO PN recuando 0,2 por cento.
- MRV tinha alta de 1 por cento, entre os destaques positivos, após a maior construtora de imóveis econômicos da América Latina divulgar balanço e afirmar que planeja ampliar os lançamentos em 2019, além de manter um crescimento de dois dígitos nas receitas. A equipe do Credit Suisse ressaltou que sua visão mais positiva para a MRV está lastreada em uma combinação atrativa de maior reconhecimento de receita e uma diluição de custos fixos, e que o resultado do quarto trimestre já começou a dar sinais positivos nessa linha, o que deve continuar nos próximos trimestres.
- JBS mostrava acréscimo de 3,65 por cento, em sessão positiva para o setor de carnes, com MARFRIG em alta de 2,9 por cento.
- B3 caía 1,8 por cento, entre as maiores quedas, no terceiro pregão de baixa, após fechar na máxima histórica no começo da semana, a 33,85 reais.