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Bolsa avança com cena corporativa e novo governo

Às 11:57, o principal índice de ações da bolsa paulista subia 0,58 por cento, a 88.935,4 pontos

Imagem de arquivo do mercado financeiro: O Ibovespa buscava se sustentar em alta nesta segunda-feira (Germano Lüders/Site Exame)

Imagem de arquivo do mercado financeiro: O Ibovespa buscava se sustentar em alta nesta segunda-feira (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 5 de novembro de 2018 às 12h34.

São Paulo - O Ibovespa buscava se sustentar em alta nesta segunda-feira, na volta de fim de semana prolongado, em meio a ajustes ao movimento de ADRs brasileiros na sexta-feira e alguma realização de lucros, com investidores atentos ao noticiário corporativo e a novidades do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Às 11:57, o principal índice de ações da bolsa paulista subia 0,58 por cento, a 88.935,4 pontos. O volume financeiro somava 3,06 bilhões de reais

Na última semana, mais curta em razão de feriado no Brasil na sexta-feira, o Ibovespa acumulou alta de 3,15 por cento.

A corretora Spinelli espera novos anúncios da equipe de Bolsonaro para a semana, bem como detalhamento de seu plano econômico. "Bons nomes e boas intenções podem continuar mantendo positiva a perspectiva na bolsa", afirmou a equipe da corretora em relatório distribuído a clientes.

A equipe de transição de Bolsonaro começa a trabalhar nesta semana com os técnicos do atual governo de Michel Temer. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi nomeado ministro extraordinário por Temer para coordenar a equipe.

Uma fonte próxima ao futuro ocupante do Palácio do Planalto afirmou à Reuters que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro pretende "arrumar a casa", controlando a expansão dos gastos com reformas estruturantes para atrair investimentos.

No exterior, o foco está voltado para a eleição legislativa nos EUA na terça-feira, com o Partido Democrata tendo uma grande chance de assumir o controle da Câmara dos Deputados dos EUA, enquanto Partido Republicano provavelmente deve manter o Senado.

Na visão da equipe da XP Investimentos, se os republicanos perderem o controle de uma das casas, a agenda do presidente Donald Trump provavelmente focará no comércio e política externa, imigração e regulamentação, "ou seja, mais ruído para os mercados globais", conforme nota a clientes.

A partir desta sessão, o horário de negociação no segmento Bovespa será alterado em razão do começo do horário de verão no Brasil e término do horário de verão nos EUA, com o 'call de fechamento' do pregão ocorrendo das 17h55 às 18h, segundo informações da B3. [http://bit.ly/2QkMR3s]

Destaques

- PETROBRAS PN avançava 0,92 por cento, endossando o tom positivo no pregão, em linha com a alta do petróleo no exterior. A petroleira divulga resultado do terceiro trimestre na terça-feira, antes da abertura do mercado. O Credit Suisse estima Ebitda de 33 bilhões de reais e lucro líquido de 10,15 bilhões de reais. Na última quinta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que em seu governo vai buscar parcerias para a Petrobras continuar sustentável. PETROBRAS ON subia 0,84 por cento.

- COSAN disparava 8 por cento, após anunciar na última quinta-feira que decidiu cancelar a operação de incorporação da Cosan Logística, citando "preocupações demonstradas" por acionistas e investidores. Desde o anúncio sobre estudos para tal transação, em 24 de outubro, até o pregão da última quinta-feira, as ações do grupo tinham recuado mais de 13 por cento. A equipe do BTG Pactual citou, contudo, que fica no ar qual será o desenho escolhido pela Cosan para simplificar a estrutura de agora em diante. COSAN LOG, que não está no Ibovespa, caía 5,5 por cento.

- EMBRAER subia 2,96 por cento, tendo como pano de fundo anúncio de pedido firme pela American Airlines Inc. para mais quinze jatos E175, em um contrato de 705 milhões de dólares, com base nos atuais preços de lista. A encomenda será incluída na carteira de pedidos firmes da Embraer (backlog) do quarto trimestre de 2018 e as entregas começarão em 2020.

- CEMIG PN valorizava-se 4,55 por cento, em meio a expectativas relacionadas à potencial privatização da elétrica mineira, após eleição de Romeu Zema para o governo de Minas Gerais. A companhia também informou antes do feriado que concluiu a venda dos ativos de telecomunicações, parte de um plano de desinvestimentos da elétrica, arrecadando um total de 654,5 milhões de reais com as vendas. Ainda no final da quinta-feira, a agência Moody's elevou o rating da Cemig para 'B1', com perspectiva estável.

- GERDAU PN avançava 3,71 por cento, também entre as maiores altas. A siderúrgica disse que concluiu nesta segunda-feira a venda para a para a Commercial Metals Company de quatro usinas produtoras de vergalhões e de unidades de corte e dobra de aço nos Estados Unidos.

- LOJAS RENNER recuava 1,26 por cento, entre as maiores quedas, após subir 3 por cento na semana passada. Na última quinta-feira, a varejista de moda anunciou que Fabio Adegas Faccio será o novo presidente-executivo da companhia a partir de abril, substituindo José Galló.

- CIELO perdia 0,23 por cento, retomando o viés negativo após alguma recuperação na última semana, com investidores ainda ajustando posições no papel diante de um cenário de maior competição no setor de meios de pagamentos, o que tem levado a maior empresa do segmento no país a ampliar gastos para enfrentar novos entrantes.

- ULTRAPAR caía 1,9 por cento, em meio a expectativas de resultado fraco no terceiro trimestre. O Credit Suisse aguarda impacto das margens fracas da divisão Ipiranga e prevê Ebitda consolidado de 892 milhões de reais e lucro líquido de 372 milhões de reais.

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