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Bolsa avança 2% puxada por Petrobras e exterior; Previdência segue no foco

Destaque do Ibovespa foi estatal, que anunciou planos para cortar US$ 8,1 bilhões de custos operacionais até 2023

Petrobras: ações da estatal subiam a 3,64% (NurPhoto/Getty Images)

Petrobras: ações da estatal subiam a 3,64% (NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de março de 2019 às 11h51.

Última atualização em 11 de março de 2019 às 14h26.

O Ibovespa avançava 2 por cento na tarde desta segunda-feira, com Petrobras entre as maiores altas, após a petrolífera de controle estatal anunciar planos de cortar 8,1 bilhões de dólares de seus custos operacionais até 2023, tendo ainda como pano de fundo o avanço dos preços do petróleo no exterior.

Às 14:25, o Ibovespa subia 2,45 por cento, a 97.697,20 pontos. O volume financeiro somava 3,46 bilhões de reais.

O começo da semana no pregão paulista também era beneficiado pelo cenário externo benigno e perspectivas mais favoráveis sobre a reforma da Previdência, com o mercado atento principalmente para a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados.

A equipe do BTG Pactual afirma que, além da volatilidade externa, investidores estão focados no noticiário político, aguardando eventuais movimentações do governo a respeito da reforma da Previdência, conforme nota enviada pela área de gestão de recursos do banco.

"As atenções estão na definição da composição da CCJ na Câmara, já que será o primeiro colegiado a apreciar a proposta", afirmou.

No exterior, novas promessas de estímulos na China favoreceram ganhos nas principais praças na Ásia, viés que era mantido pelos pregões europeus e acompanhado por Wall Street, embora o Dow Jones mostrasse desempenho aquém de seus pares pressionado pela Boeing após acidente.

A partir desta segunda-feira, o horário de negociação do mercado à vista de ações da B3 volta para o intervalo de 10h às 16h55, com call de fechamento de 16h55 às 17h. O horário de negociação do after-market será das 17h30 às 18h.

Destaques

- PETROBRAS PN subia 3,64 por cento, após divulgar intenção de cortar 8,1 bilhões de dólares de seus custos operacionais no período de 2019 a 2023, principalmente com reduções nas despesas com funcionários e com menores gastos em propaganda e escritórios. Os preços do petróleo no exterior reforçavam o ambiente benigno.

- BRADESCO PN avançava 2,53 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN tinha elevação de 2,35 por cento, chancelando a alta do Ibovespa, em meio ao clima mais positivo na bolsa como um todo. BANCO DO BRASIL valorizava-se 1,84 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT mostrava acréscimo de 2,16 por cento.

- VALE ganhava 1,08 por cento, tendo no radar relatório do Credit Suisse elevando o preço-alvo dos ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) da mineradora para 16,5 dólares, ante 15,50 dólares, e reiterando a recomendação 'outperform', entre outros fatores em razão da perspectiva de preço de minério de ferro mais elevado.

- CSN tinha alta de 2,69 por cento, após ajuste na semana passada, com melhora de preço-alvo por analistas do Credit Suisse de 11 para 15 reais, com recomendação 'neutra', em função do processo de desalavancagem. BTG Pactual também aumentou de 13 para 18 reais, com recomendação de 'compra'.

- AZUL PN, que não está no Ibovespa, disparava 7,26 por cento, após acordo não vinculante de 105 milhões de dólares para compra de ativos da Avianca Brasil. Fonte próxima da Azul disse à Reuters que, com o acordo, a aérea ficará com todos os slots da rival nos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) e cerca de metade deles em Guarulhos (SP).

- GOL cedia 3,51 por cento, maior queda do Ibovespa, em meio ao acordo entre Azul e Avianca Brasil, pelo qual a Azul vai mais que duplicar presença em Congonhas se aprovado por autoridades regulatórias e de defesa da concorrência.

- KLABIN UNIT recuava 0,61 por cento, após a fabricante de papel e celulose anunciar na noite de sexta-feira a renúncia do diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Gustavo Henrique Santos de Sousa, citando motivos estritamente pessoais. Os cargos passam a ser acumulados pelo diretor-geral da companhia, Cristiano Cardoso Teixeira.

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