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Ibovespa sobe 0,27% e sustenta 117 mil pontos; dólar cai para R$ 4,87

Unipar faz proposta pelo controle da Braskem e Wilson Sons confirma que controlador estuda sua venda; agenda macroeconômica está esvaziada

Painel da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel da B3 (Germano Lüders/Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 12 de junho de 2023 às 10h41.

Última atualização em 12 de junho de 2023 às 17h59.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou sua sétima alta consecutiva nesta segunda-feira, 12. O índice avançou 0,27%, sustentando o patamar dos 117 mil pontos e reforçando a tese mais otimista de parte do mercado para o Ibovespa.  O dólar comercial fechou em queda de 0,20%, a R$ 4,867. 

Ibovespa:

  • IBOV: +0,27%, aos 117.336 pontos
  • Dólar: -0,20%, a R$ 4,867

A liderança das altas entre as ações foi a Braskem (BRKM5), que saltou 6,01%, para R$ 27,15. Os investidores reagiram à proposta da Unipar, anunciada no fim da noite de sábado, para aquisição indireta do controle acionário da petroquímica, atualmente de titularidade da Novonor (ex-Odebrecht) – que detém 50,1% do capital votante e 38,3% do total do capital social. Foi a segunda proposta recebida pela Novonor em um mês.

A operação prevê o pagamento parcial dos bancos credores e uma renegociação para o saldo da dívida remanescente. Hoje, essa dívida está na casa de R$ 15 bilhões. Segundo apuração da Exame Invest, a oferta da Unipar supera em 30% o valor oferecido pela Apollo e a Adnoc em maio,girando em torno de R$ 10 bilhões. Na manhã de hoje, a Braskem informou que a Novonor ainda deteria 4% das ações e o preço por ação ficaria um pouco maior, a R$ 36,5 por ação.

Ações de varejo também se destacaram na ponta positiva. O Assaí (ASAI3) fechou com alta de 5,86%, com rumores de que o Casino pode vender sua fatia na empresa, hoje na casa de 11%. As ações da Lojas Renner (LREN3) subiram  4,54% e as do Carrefour (CRFB3), 2,93%. O que impulsionou os papéis do setor foi a perspectiva de menor inflação no ano.

O Boletim Focus desta segunda-feira mostrou mais uma queda na projeção de inflação para o ano, o que fortalece a tese de que um corte de juros pode estar  mais próximo.

A expectativa para o IPCA - índice de inflação oficial - deste ano no Boletim Focus tombou de 5,69% para 5,42%. Um mês antes, a mediana era de 6,03%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de 4,12% para 4,04%. Há um mês, era de 4,15%. Além disso, em evento com lideranças do setor, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu a melhora da inflação. "O movimento de mercado abre espaço para polítivca monetária à frente", disse em evento do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

    Já entre as maiores perdas ficaram as empresas de commodities. A queda do minério de ferro em Dalian nesta segunda-feira pesou para as ações das empresas do setor. A commodity fechou em queda de 1,81%, a US$ 109,99 a tonelada. Em Cingapura, a matéria-prima também caiu.

    • CSN (CSNA3): -2,69%
    • CSN Mineração (CMIN3): -1,75%
    • Vale (VALE3): -1,81%

    As petroleiras também se destacam entre as perdas do dia. Isso porque o petróleo recuou. O Brent para agosto fechou com queda de 3,95%, a US$ 71,84. O WTI para julho recuou 4,35%, a US$ 67,12 por barril. Assim, todas as petroleiras caíram, com exceção da Petrobras que ganhou gás extra com a mudança de recomendação de neutra para compra pelo banco JP Morgan. A preferencial da estatal fechou com alta de 1,75%.

    • Prio (PRIO3): -3,89%
    • 3R (RRRP3): -2,30%
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