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Ibovespa cai 2% após Senado rejeitar reforma trabalhista

É o menor patamar do índice desde o dia 2 janeiro, quando fechou com 59.588 pontos.

BOLSA: pregão foi derrubado por rejeição do texto da reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e por queda no preço do petróleo / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

BOLSA: pregão foi derrubado por rejeição do texto da reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e por queda no preço do petróleo / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2017 às 18h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h43.

Easy e Cabify unificadas

Os aplicativos de transporte Easy e Cabify unificaram suas operações nesta terça-feira. A união das duas empresas e a briga pelo mercado de transportes privados no país havia sido noticiada anteriormente por EXAME. Os aplicativos continuarão a operar sob as duas marcas, em um modelo de holding, sob o comando de Juan de Antonio, presidente do Cabify. O Cabify planeja investir, em dois anos, cerca de 200 milhões de dólares no Brasil, país que se tornou o maior mercado da empresa, presente em sete cidades.

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Estácio afunda

As ações da companhia de educação superior Estácio caíram 7,7% no Ibovespa, o pior desempenho do dia. Com uma fusão pendente de aprovação no Cade, a Estácio enviou um pedido ao Ministério da Educação, que regula o ensino superior no país, sobre o desmembramento de um campus em Niterói para vender o braço de ensino a distância, uma das exigências das agências reguladoras. Segundo informações da Agência Estado, o ministério nem sequer respondeu ao pedido da Estácio que ajudaria a resolver os entraves da fusão.

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Bolsa: 60.766

O Ibovespa caiu 2,01%, fechado com 60.766 pontos depois que a Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou a reforma trabalhista nesta terça-feira. É o menor patamar do índice desde o dia 2 janeiro, quando fechou com 59.588 pontos. Embora a decisão da comissão não tenha caráter terminante para o texto, a questão foi considerada uma derrota para o governo Temer, que luta para conseguir passar a agenda de reformas. A única alta do dia foi da fabricante de bebidas Ambev, de 0,95%. Entre as quedas, destaque para os papéis do frigorífico JBS, que caíram 5,67%. A companhia anunciou um programa de desinvestimento que incluiu a venda de ativos das empresas de alimentos Vigor e Moy Park.

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A baixa do petróleo

As ações da Petrobras fecharam em queda diante do recuo nos preços dos contratos futuros do barril de petróleo. Os contratos do tipo WTI fecharam em queda de 2,2% em meio a boatos de que fabricantes como a Líbia e a Nigéria aumentariam suas produções. As ações preferenciais da Petrobras caíram 3,66%, e as ordinárias, 3,53%, estando entre as mais negociadas do Ibovespa.

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Caged: mais empregos

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertas 34.253 vagas de emprego formais em maio no Brasil. O resultado ficou no azul pelo segundo mês consecutivo, contando com ajuda do setor agropecuário, que gerou 46.049 postos. Também ficaram no azul o setor de serviços, a indústria de transformação e a administração pública. Por outro lado, o comércio fechou 11.254 postos no mês, e a construção civil, outros 4.021. Ambos exerceram o maior peso na ponta negativa. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve abertura de 48.543 postos — uma melhora significativa em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fechadas 480.000 vagas.

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Sem pacotão

O BNDES afirmou, por meio do presidente Paulo Rabello de Castro, que o banco não planeja nenhum tipo de “pacote de bondades”. “Este governo e o Brasil estão para além da era de pacote. Aqui ninguém está empacotando nada porque não somos mercearia, muito menos bondade. Queremos desobstruir o que está travado e que o país, em nome de 14 milhões de desempregados, precisa destravar”, afirmou Rabello em evento comemorativo de 65 anos do BNDES. Segundo ele, a área técnica do banco estuda também criar um sistema para compra e venda de títulos do BNDES, a exemplo de como funciona o Tesouro Direto.

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Dólar sobe

O dólar subiu 1,4% nesta terça-feira e terminou em 3,3308 reais após a Comissão de Assuntos Sociais ter rejeitado o texto da reforma trabalhista no Senado. A rejeição deu a impressão aos investidores de que o governo Temer está com menos força política no Congresso do que havia sido previamente noticiado. O temor de que a reforma da Previdência não seja aprovada também cresceu. O avanço é o maior para um fechamento desde o dia 18 de maio, quando a moeda subiu 8%, após a delação premiada de executivos do grupo J&F.

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