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Boletim Focus, eleições na França, IPCA e balanços dos EUA: o que move o mercado

Também de olho nas eleições americana, futuros de Nova York operam de lado na manhã desta segunda-feira, 8

Radar: mercado repercute eleições da França (GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP Photo)

Radar: mercado repercute eleições da França (GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP Photo)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 8 de julho de 2024 às 08h53.

Os mercados internacionais operam sem direção única na manhã desta segunda-feira, 8. Nos Estados Unidos, os índices futuros oscilam perto da estabilidade, com investidores de olho no anúncio de Joe Biden em manter a candidatura. Na Europa, as bolsas avançam com o resultado inesperado da vitória da esquerda nas eleições parlamentares, apesar do receio sobre a nomeação do primeiro-ministro. Na contramão, as bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda com o fraco desempenho futuro de Wall Street. Por aqui, o Ibovespa futuro sobe levemente.

Boletim Focus

O Boletim Focus desta semana, trouxe mais uma elevação, pela nona semana consecutiva, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, que subiu de 4% para 4,02%, e do IPCA para 2025, que subiu, também pela nona semana consecutiva, de 3,87% para 3,88%. A inflação para 2026 e 2027 se manteve em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

O Banco Central (BC) manteve a Selic em 10,50% (2024), 9,50% (2025), e 9% (2026 e 2027). A estimativa de 2025 para o Produto Interno Bruto (PIB) foi a única mudança entre os anos, caindo de 1,98% para 1,97%. Já o PIB de 2024 subiu de 2,09% para 2,10%, enquanto o de 2026 e 2027 ficou em 2%.

As projeções do câmbio para 2024 também se mantiveram em R$ 5,20. Já as de 2025 e 2026 subiram de R$ 5,19 para R$ 5,20, enquanto a de 2027 se manteve em R$ 5,20.

Eleições na França

O mercado repercute a vitória surpreendente da Nova Frente Popular, um agrupamento de vários partidos que vão desde o partido de extrema-esquerda, a França Insubmissa, até aos mais moderados, como Socialistas e Verdes, no segundo turno das eleições parlamentares na França. A conquista marca um desejo dos eleitores franceses de impedir que a extrema-direita ganhe o poder.

No primeiro turno, a vitória ficou com o bloco de ultradireita, Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen e seus aliados. O resultado despertou receios de que a França pudesse estar prestes a eleger o primeiro governo de extrema-direita desde o regime colaboracionista de Vichy, na Segunda Guerra Mundial, fazendo os blocos de esquerda e centro-direita se unirem para impedir a extrema-direita de chegar ao poder.

Em uma reviravolta e contrariando as pesquisas, o RN ficou em terceiro lugar, com a minoria de 143 assentos na Assembleia Nacional. Em segundo lugar, ficou a aliança centrista Ensemble, do presidente Emmanuel Macron, com 163 cadeiras. Já em primeiro lugar, a Nova Frente Popular conquistou 182 assentos.

Após as eleições, o presidente da França deve escolher um novo primeiro-ministro. Gabriel Attal, que ocupa o cargo atualmente, anunciou que renunciaria na manhã desta segunda-feira, 8. No entanto, o presidente da França, Emmanuel Macron, negou a renúncia de Attal por agora, mas não deixou claro quem será o seu sucessor futuramente.

Isso porque Macron vive um impasse. Com a vitória da esquerda, a Assembleia Nacional corre risco de paralisação, já que Macron enfrenta a perspectiva de ter de nomear uma figura da coligação de esquerda, num raro acordo conhecido como “coabitação”. No entanto, figuras do partido de Macron disseram repetidamente que se recusariam a trabalhar com a França Insubmissa, dizendo que é tão extremista – e, portanto, tão impróprio para governar – como o RN.

IPCA, CPI dos EUA e balanços americanos

De olho na agenda da semana, as atenções se voltam para a divulgação de dados da inflação no Brasil, Estados Unidos e China. Na terça-feira, 9, sai o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China. Já na quarta-feira, 10, será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) por aqui. Nos EUA, o CPI será divulgado na quinta-feira, 11.

No Brasil, também haverá, na quarta-feira, a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Brasil (IBC-Br) de junho, conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Na quinta-feira, são esperados os números das vendas no varejo de maio e, na sexta-feira, a pesquisa de serviços de maio.

De olho na temporada de balanços do segundo trimestre de 2024, na quinta-feira, a PepsiCo (PEPB34) divulga resultado corporativo e, na sexta-feira, é a vez do Citigroup (CTGP34), JPMorgan (JPMC34) e Wells Fargo (WFCO34).

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