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Boeing em queda, quebra de banco na China e varejo europeu: 3 assuntos que movem o mercado

Bolsas recuam no exterior diante de incertezas sobre quedas de juros nos Estados Unidos

Avião 737 Max da Alaska Airlines: parte de aeronave explodiu na sexta-feira ( David Ryder/Bloomberg via /Getty Images)

Avião 737 Max da Alaska Airlines: parte de aeronave explodiu na sexta-feira ( David Ryder/Bloomberg via /Getty Images)

Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 08h53.

Última atualização em 8 de janeiro de 2024 às 11h51.

A aversão ao risco predomina no mercado internacional nesta segunda-feira, 8, com bolsas em queda ao redor do mundo. A maior cautela se estende desde a semana passada, quando os principais índices de ações fecharam em queda. Impedindo um maior otimismo no mercado estão os dados americanos de emprego divulgados nos últimos dias, que sugeriram um caminho mais desafiador para o aguardado início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. Com o mercado de trabalho ainda apertado, investidores veem menos espaço para cortes.

Boeing em queda

Notícias corporativas tampouco contribuem com o tom dos mercados neste começo de semana. O principal destaque no exterior é a queda de mais de 8% das ações da Boeing no pré-mercado americano. O gatilho para a venda das ações foi o alerta emitido Federação Nacional de Aviação dos Estados Unidos, que ordenou a paralisação temporária dos modelos Boeing 737 Max 9.

A ordem deve afetar  a operação de 171 aeronaves do modelo em todo o mundo. O alerta, emitido no sábado, obriga as aeronaves passarem por uma nova inspeção antes de voltarem a voar. A medida foi tomada após um pedaço de uma aeronave da Alaska Airlines ter explodido durante um voo na sexta-feira, 5. 

Zhongzhi quebra na China

Ventos contrários também vêm da China, onde a quebra da gestora de ativos Zhongzhi aumentou os temores quanto o endividamento da economia local. Os problemas no Zhongzhi vinham se arrastando, pelo menos, desde agosto, quando a Reuters informou que a companhia vinha passando por uma crise de liquidez. A Zhongzhi atua como um banco paralelo na China, entre as responsáveis por financiar o mercado imobiliário, em crise já há alguns anos no país.

A Evergrande, um dos símbolos da queda do mercado imobiliário chinês, voltou às manchetes nesta segunda, com a detenção de um diretor da empresa. A alegação, informada pela própria empresa, foram suspeitas de práticas ilegais. As ações da companhia caíram mais de 20% nesta madrugada.

Contração do varejo europeu

O cenário tampouco é positivo na Europa, onde os dados macroeconômicos voltam a sinalizar desaceleração. Nesta manhã, saíram as vendas do varejo da Zona do Euro, com retração de 1,1% em novembro. O consenso era de 1,5% de queda. As bolsas da região operam em leve queda, apesar do número melhor que o esperado.

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