Repórter colaborador
Publicado em 30 de abril de 2024 às 06h31.
A Boeing levantou com sucesso US$ 10 bilhões nos mercados nesta segunda-feira, num momento crítico para a companhia, que busca melhorar sua imagem após uma série de falhas e problemas em suas aeronaves 737 Max. As informações são do Quartz.
Em março, o CFO da Boeing, Brian West, alertou os investidores que resolver os problemas da empresa seria caro. Quando a Boeing apresentou lucros na semana passada, o executivo disse ter usado US$ 4 bilhões para lidar com a recente crise.
A Bloomberg informou que havia quase US$ 80 bilhões em demanda pela dívida fabricante de aviões, o que ajudou a Boeing a obter uma taxa de juros melhor para os empréstimos. Tanto a Moody’s como a S&P colocam a Boeing apenas a um degrau de distância de uma classificação de crédito de grau especulativo, o que reduziria substancialmente o apetite pelo risco dos investidores.
West disse na semana passada em teleconferência para apresentar resultados que consolidar a posição de caixa da Boeing – US$ 17 bilhões na última avaliação – e garantir que sua posição permaneça boa entre os investidores são as grandes prioridades.
As ações da Boeing subiram por volta de 4% na segunda-feira, mas já caíram 33% neste ano.
Dave Calhoun, ceo da Boeing, recebeu uma remuneração total 45% maior no ano passado, mesmo com a crise causada por problemas de segurança da companhia. O executivo recebeu 32,8 milhões de dólares no ano passado, contra 22,6 milhões de dólares em 2022.
O aumento de 45% na remuneração pode ter sido maior, se Calhoun não tivesse recusado a aceitar seu bônus anual, no valor de 2,8 milhões de dólares. A recusa foi feita após um acidente em um avião 737 MAX em janeiro, que desprendeu a porta lateral em um voo da Alaska Airlines e foi o pontapé inicial de uma série de investigações federais e demissões de executivos da companhia.