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Boeing acelera projeto de novo avião para substituir o 737 MAX

Fabricante discute motor com a Rolls-Royce e desenvolve cockpit de aeronave que pode entrar no mercado na década de 2030, diz Wall Street Journal

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 06h31.

A Boeing está dando os primeiros passos para lançar uma nova aeronave de corredor único, destinada a substituir a linha 737 MAX e retomar espaço perdido para a Airbus no mercado global de aviação comercial, segundo o Wall Street Journal.

A nova geração de jatos está em fase inicial de desenvolvimento, com foco em inovações no projeto da cabine e em ganhos de eficiência energética. Fontes ligadas à companhia disseram ao WSJ que executivos da Boeing se reuniram neste ano com a Rolls-Royce, que propôs um novo motor para o modelo.

A iniciativa marca uma mudança de direção após anos de paralisações nos planos de novos produtos, causadas por crises de segurança, atrasos em certificações e problemas de fabricação.

Uma das apostas, de acordo com o site, é o motor UltraFan, da Rolls-Royce, que promete até 20% de economia de combustível com uso combinado de tecnologias mais leves e design aerodinâmico. A possível adoção desse motor representa uma ruptura com o modelo atual da Boeing, que há mais de 40 anos utiliza motores da CFM International na linha 737.

Além das negociações com fornecedores, a Boeing já trabalha no design do cockpit da nova aeronave e incorporou tecnologias de sua subsidiária Wisk Aero, especializada em táxis aéreos, para desenvolver sistemas de voo mais modernos.

Às 5h29, no horário de Brasília, as ações da Boeing subiam 0,07% no pré-mercado.

Concorrência com a Airbus e pressão por inovação

Com mais de 15.000 unidades entregues, a família A320 da Airbus se igualou à linha 737 em produção e superou a rival americana em novos pedidos. O crescimento acelerado da concorrente fortalece os planos europeus para uma nova aeronave narrow-body a partir do fim da década de 2030.

Enquanto isso, a Boeing ainda precisa certificar dois modelos do 737 MAX e está com o 777X, sua aeronave de longo alcance, cerca de seis anos atrasado. O programa do novo jato surge como tentativa de reposicionar a empresa após a saída do ex-CEO Dave Calhoun, em meio à crise provocada pelo incidente do plugue de porta em voo, em 2024.

Ortberg também promoveu Brian Yutko, até então responsável pela Wisk, para chefiar o desenvolvimento de novos produtos na aviação comercial — incluindo o sucessor do 737.

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