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BoE sinaliza alta de juros e bolsas europeias caem

A taxa de desemprego britânica recuou a 7,6% nos três meses até setembro, atingindo o menor nível desde abril de 2009


	Fachada do Banco da Inglaterra: documento do BoE alimentou as expectativas de que um aperto monetário pode ocorrer antes do esperado
 (Ben Stansall/AFP)

Fachada do Banco da Inglaterra: documento do BoE alimentou as expectativas de que um aperto monetário pode ocorrer antes do esperado (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 15h24.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em queda nesta quarta-feira, 13, depois que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sinalizou um possível aumento na taxa de juros mais cedo do que o esperado. O índice Europe Stoxx 600, que inclui ações de diversas bolsas europeias, encerrou com perda de 0,58%, aos 319,82 pontos.

No relatório trimestral de inflação, o BoE previu que a taxa de desemprego do Reino Unido poderá recuar a 7% já durante o terceiro trimestre de 2015, e não mais no segundo trimestre de 2016, como havia sido projetado em agosto.

Como é a partir do nível de 7% que o banco central inglês começará a estudar a possibilidade de elevar sua taxa básica de juros, atualmente em 0,5%, o documento alimentou as expectativas de que um aperto monetário pode ocorrer antes do esperado.

Dados divulgados momentos antes do relatório deram suporte a esta perspectiva. A taxa de desemprego britânica recuou a 7,6% nos três meses até setembro, atingindo o menor nível desde abril de 2009.

Entre as maiores perdas na região, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 1,44%, aos 6.630,00 pontos. As ações de bancos britânicos tiveram fortes perdas. Os papéis do Barclays, do HSBC Holdings e do Lloyds Banking Group cederam 2,8%, 1,9% e 1,5%, respectivamente.

O sentimento dos investidores na região também foi prejudicado pelo resultado decepcionante da terceira sessão plenária do Partido Comunista da China, que visava definir o rumo da segunda maior economia do mundo nos próximos 10 anos. Embora o comunicado divulgado após a reunião tenha ressaltado que as forças de mercado desempenharão "um papel decisivo" na alocação de recursos, o documento forneceu poucos indícios de que a liderança chinesa estava fazendo planos concretos para uma reforma econômica.

O índice DAX, de Frankfurt perdeu 0,24%, aos 9.054,83 pontos, com persistente realização de lucros após ganhos recentes. Entre as baixas mais acentuadas, os papéis do Commerzbank caiu 2,4%. Já as ações da E.ON ganharam 2,1%, após a divulgação do balanço da empresa.

Em Milão, o índice FTSE Mib encerrou com perda de 1,43%, aos 18.733,02 pontos. As ações do banco Intesa Sanpaolo caíram 2,3% depois que a instituição registrou uma queda de 47% no lucro líquido do terceiro trimestre.

Outra preocupação entre os agentes do mercado é a possível redução de estímulos do Federal Reserve, o que levou a uma baixa na Bolsa de Madri. O índice IBEX-35 caiu 0,33%, aos 9.675.20, com perda de 2,9% nos papes da Mediaset e recuo de 2,2% nas ações da Arcelor.

Em Paris, o índice CAC-40 cedeu 0,56%, aos 4.239,94 pontos, com queda de 1,2% nas ações do Credit Agricole. A Bolsa de Lisboa também teve um forte recuo e fechou em baixa de 0,95%, aos 6.322,29 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires

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