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BM&FBovespa critica medida do governo para conter real

Presidente da bolsa reclamou que anúncio do governo surpreendeu o mercado e defendeu diminuição dos juros para impedir a valorização da moeda

Edemir Pinto, presidente-executivo da BM&FBovespa: mercado ficou  "surpreso e desorientado" com as medidas (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)

Edemir Pinto, presidente-executivo da BM&FBovespa: mercado ficou "surpreso e desorientado" com as medidas (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 10h45.

São Paulo - O presidente-executivo da BM&FBovespa , Edemir Pinto, criticou nesta terça-feira a medida tomada pelo governo na semana passada para conter a valorização do real, dizendo que ela trará custos.

Segundo ele, o mercado ficou "surpreso e desorientado" e citou que uma das consequências da medida é a migração para o exterior dos investidores.

Na quarta-feira passada, o governo divulgou a mais dura ação já tomada no câmbio, a fim de evitar mais especulações e, consequentemente, mais valorizações do real sobre o dólar.

A medida impõe uma taxação de 1 por cento sobre as operações de derivativos cambiais feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. A alíquota, no entanto, poderá ser elevada a até 25 por cento. Edemir argumentou que o problema da valorização do real é a forte queda do dólar no mercado internacional e que a saída para equilibrar isso no Brasil é a redução do juro.

O executivo disse ainda que o mercado futuro deve ser enxergado como um termômetro do mercado geral. O governo na semana passada "fez uma tentativa de curar a febre quebrando o termômetro".

Os comentários foram feitos em um evento em São Paulo que conta com a presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que ainda iria discursar.

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