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Blue chips fazem Bovespa fechar no vermelho

O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,33 bilhões. Bolsa caiu 0,63%, aos 62.030 pontos

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 18h43.

São Paulo - A Bovespa fechou o pregão da quinta-feira em queda, em linha com os mercados internacionais, pressionada pelas perdas das blue chips Petrobras e Vale e em meio à expectativa sobre a alteração das regras da caderneta de poupança no Brasil.

Após duas sessões em alta, o Ibovespa recuou 0,51 por cento, a 62.104 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,79 bilhões de reais.

"Hoje o mercado está todo trabalhando em cima de expectativa e boatos", disse Frederico Lukaisus, gerente da mesa de operações da Fator Corretora.

A expectativa com a alteração nas regras da caderneta de poupança no Brasil "trouxe certa cautela ao mercado", segundo Lukaisus.

Segundo esboço de uma medida provisória vista pela Reuters, a remuneração da poupança será alterada toda vez que a taxa básica de juros Selic ficar abaixo de 8,5 por cento ao ano. A mudança abrirá caminho para o Banco Central continuar com a política de redução da taxa de juros.

O cenário externo também influenciou. "O setor de serviços nos Estados Unidos veio aquém do esperado e as declarações do Mario Draghi (presidente do Banco Central Europeu) não ofereceram nenhuma pista sobre mais afrouxamento monetário. Com isso, os mercados lá fora viraram e pesaram aqui também", disse William Castro Alves, analista da XP Investimentos.

No plano corporativo, as blue chips pesaram no índice. A preferencial da Petrobras caiu 2,73 por cento, a 21,40 reais. Segundo operadores, o movimento reflete um ajuste após a alta de mais de 3 por cento na véspera, que encontrou força na declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que a Petrobras renovaria toda a sua diretoria, informação negada pela empresa. .

O papel preferencial da Vale recuou 0,62 por cento, a 41,54 reais. Gerdau também foi destaque de baixa, após a empresa ter anunciado lucro líquido menor que o esperado no primeiro trimestre

O papel da Gerdau caiu 2,47 por cento, a 17,37 reais. Gerdau Metalúrgica teve baixa de 3,66 por cento, a 22,63 reais.

TIM caiu 5,84 por cento, a 10,65 reais, com investidores repercutindo de que o presidente-executivo da operadora de telefonia, Luca Luciani, poderia deixar o comando da empresa. A empresa negou.


Banco do Brasil perdeu 1,48 por cento, a 22,60 reais. Novas perdas com o Banco Votorantim e provisões maiores diante de perdas esperadas com calotes fizeram a instituição reportar lucro abaixo do projetado pelo mercado no primeiro trimestre.

Na outra ponta, o destaque foi o setor de construção, refletindo as expectativas com mudanças na caderneta de poupança, uma das principais fontes de recursos para a compra da casa própria.

"Seria uma perspectiva de um barateamento do dinheiro via redução da taxa de juros", disse Castro Alves, da XP Investimentos. Gafisa subiu 7,63 por cento, a 3,95 reais. PDG Realt avançou 6,37 por cento, a 5,01 reais. MRV teve alta de 5,58 por cento, a 12,30 reais.

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