Seria a terceira compra de grande porte da BlackRock nos últimos meses (Bloomberg/Bloomberg)
Repórter colaborador
Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 13h11.
Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 13h16.
A BlackRock se prepara para comprar a gestora de crédito HPS Investment Partners em um acordo de aproximadamente US$ 12 bilhões, segundo informações do Wall Street Journal.
A aquisição daria ao presidente executivo Larry Fink uma posição significativa no que agora é um dos mercados mais aquecidos de Wall Street.
A HPS, sediada em Nova York, foi fundada em 2007 por três ex-funcionários do Goldman Sachs, incluindo o chefe de banco de investimento Scott Kapnick. Seu negócio antes obscuro de empréstimos diretos a empresas cresceu nos últimos anos, enquanto os bancos se afastaram de empréstimos arriscados. Kapnick está entre os líderes da HPS que se juntarão ao comitê executivo global da BlackRock assim que o acordo for fechado.
A HPS administra quase US$ 150 bilhões, tornando-se uma das poucas gestoras de crédito privado com escala suficiente para se juntar à maior gestora de ativos do mundo.
Durante a maior parte de seus 36 anos de história, a BlackRock se concentrou na gestão de ações e títulos públicos. À medida que investimentos alternativos como private equity, crédito privado e infraestrutura se tornaram os favoritos dos investidores institucionais nos últimos anos, a BlackRock ficou para trás.
"Combinar crédito público e privado é o futuro da renda fixa", disse o diretor financeiro da BlackRock, Martin Small, em uma entrevista recente.
O acordo com a HPS aumentaria os ativos alternativos da BlackRock em mais de 25%, para quase US$ 600 bilhões, colocando esse patamar de negócios da BlackRock no mesmo nível dos gigantes do mercado privado KKR e Apollo Global Management. Essas empresas comandam valores de mercado no mesmo patamar que os da BlackRock, apesar de administrarem apenas uma fração dos ativos graças às altas taxas que os investimentos privados geram.
A HPS marcaria a terceira grande aquisição da BlackRock em mercados privados nos últimos meses. No começo do ano, ela pagou US$ 3,2 bilhões pela Preqin, que fornece dados sobre ativos privados, e US$ 12,5 bilhões pela Global Infrastructure Partners, uma gestora de ativos alternativos focada em infraestrutura.