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Bitcoin voltou? Moeda supera US$ 15.000 e inicia retomada

Os ganhos são um alívio bem-vindo para os otimistas em relação às criptomoedas, após o declínio de 26% do bitcoin

Bitcoin: retomada após queda de 26% nos últimos cinco dias (Tomohiro Ohsumi / Bloomberg/Bloomberg)

Bitcoin: retomada após queda de 26% nos últimos cinco dias (Tomohiro Ohsumi / Bloomberg/Bloomberg)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 14h47.

O bitcoin superou a casa dos US$ 15.000 nesta terça-feira e os negociantes da maior moeda digital do mundo buscaram deixar para trás a montanha-russa de quedas que durou cinco dias.

Os tokens subiam 12 por cento, para US$ 15.395, às 13h19 em Londres, o maior ganho com base nos fechamentos em mais de duas semanas e o primeiro em seis dias. As moedas rivais litecoin e ethereum subiram 4,4 por cento e 2,6 por cento, respectivamente, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os ganhos são um alívio bem-vindo para os otimistas em relação às criptomoedas após o declínio de 26 por cento do bitcoin no período de cinco dias até segunda-feira, visto como um teste importante para o incipiente setor de moedas digitais. O avanço sugere que, mesmo com a emissão de alertas pelas autoridades financeiras a respeito do risco de bolha nessa classe de ativos, o interesse do investidor continua intacto, pelo menos por enquanto.

“A questão mais importante a enfrentar é se a recente correção de preços será o que os participantes do mercado chamam de ’saudável’”, escreveu Mohammed El-Erian, em coluna da Bloomberg View, nesta terça-feira. Em outras palavras, se será uma correção que sacudirá a “exuberância excessiva e irracional, possibilitará a entrada de investidores institucionais, estimulará o desenvolvimento de produtos que aprofundem o mercado e ampliará e equilibrará a base de investidores e a oferta de produtos”, afirmou.

Superado por rivais

Em meio à enorme oscilação dos preços do bitcoin, a atenção também está se voltando cada vez mais para os tokens digitais rivais. Desde que atingiu um recorde de US$ 19.511 em 18 de dezembro, a maior das criptomoedas registrou desempenho inferior ao de pares como ripple e ethereum.

O bitcoin é a criptomoeda de referência, mas não é a melhor representação dessa tecnologia, disse Mike McGlone, analista da Bloomberg Intelligence, em coluna, no domingo. O foco apropriado para os investidores institucionais provavelmente seja o mercado de forma mais ampla, incluindo “cisões” e ramificações de segunda geração -- 2G -- que corrigem as falhas do bitcoin, disse ele.

Quando o frenesi diminuir, as 2Gs deverão continuar subindo mais que o bitcoin, segundo McGlone. “O ethereum parece ser o primeiro a assumir o status de referência, embora as cisões do bitcoin ripple e litecoin sejam grandes e prósperos concorrentes”, disse ele.

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