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BCE anuncia compra de bônus soberanos

O programa será concentrado em títulos com vencimento de um a três anos e não há limite para o tamanho das compras desses papéis, informou Mario Draghi


	"Isso fornecerá um amparo total eficaz contra a volatilidade do mercado", explicou o presidente do BCE
 (Alex Domanski/Reuters)

"Isso fornecerá um amparo total eficaz contra a volatilidade do mercado", explicou o presidente do BCE (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 17h44.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou há instantes em entrevista coletiva que o banco central irá comprar bônus soberanos no mercado secundário, chamado agora de transações monetárias completas (MOT, na sigla em inglês). O programa será concentrado em títulos com vencimento de um a três anos e não há limite para o tamanho das compras desses papéis, informou Draghi. "Isso fornecerá um amparo total eficaz contra a volatilidade do mercado", explicou o presidente do BCE.

Além disso, o BCE irá aceitar as mesmas condições dos investidores privados nas compras de bônus, abrindo mão da sua condição de credor sênior dos emissores que lhe concede prioridade no pagamento das dívidas. Segundo Draghi, essas operações serão totalmente esterilizadas pelo BCE, que também irá publicar o prazo médio dos bônus comprados e os volumes de cada país mensalmente. O banco central, segundo ele, decidirá sobre o começo continuação e suspensão das compras de bônus.

"Precisamos estar em posição de resguardar os mecanismos de transmissão da política monetária em todos os países da zona do euro", defendeu Draghi, repetindo que o BCE continuaria "firmemente dentro de seu mandato" de manutenção da estabilidade de preços.

Sobre compras de bônus soberanos de países da zona do euro em dificuldade, Draghi afirmou que tais operações são vistas apenas no âmbito da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês). Além disso, ele defendeu o envolvimento do Fundo Monetário Internacional (FMI). As informações são da Dow Jones.

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