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BC retoma leilão e dólar avança 0,16%

No leilão, o Banco Central fixou a taxa de corte em R$ 1,8334

A autoridade monetária "enxugou" o fluxo cambial líquido e possivelmente algum excedente e ainda pagou uma taxa de corte ligeiramente acima do preço de mercado (Karen Bleier/AFP)

A autoridade monetária "enxugou" o fluxo cambial líquido e possivelmente algum excedente e ainda pagou uma taxa de corte ligeiramente acima do preço de mercado (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 17h30.

São Paulo - O sentimento de que a crise na zona do euro e na China pode se agravar e dificultar a aceleração do crescimento da economia brasileira neste ano já se refletiu no fluxo cambial negativo da semana passada e voltou a estimular, na terça-feira e nesta quarta-feira, saídas de recursos do mercado local, pela via financeira.

Esse movimento nesta quarta-feira, porém, foi compensado por ingressos de recursos no mercado local em maior montante, o que teria justificado o reaparecimento do Banco Central com leilão de compra de moeda, após quatro dias ausente.

Nesta operação, a autoridade monetária "enxugou" o fluxo cambial líquido e possivelmente algum excedente e ainda pagou uma taxa de corte ligeiramente acima do preço de mercado naquele momento. Em consequência, o dólar à vista ganhou impulso e retomou o sinal de alta, já exibido mais cedo, na contramão da leve desvalorização da divisa norte-americana no exterior.

Pelo segundo dia consecutivo, o dólar à vista encerrou com ganho, de 0,16%, a R$ 1,8340, após oscilar na primeira parte dos negócios entre a mínima de R$ 1,8250 (-0,33%) e a máxima de R$ 1,8370 (+0,33%). Na BM&F, o dólar spot terminou com ganho de 0,11%, a R$ 1,8332.

No leilão, o BC fixou a taxa de corte em R$ 1,8334 - ligeiramente acima da taxa à vista naquele momento, de R$ 1,8315 (+0,03%). No mercado futuro, o dólar para maio 2012 estava em R$ 1,8390 na hora do leilão e, depois, reduziu a queda computada.

Mais cedo, o BC informou que na primeira semana de abril (de 2 a 5), o fluxo cambial foi negativo em US$ 396 milhões, resultado de déficits pela via financeira de US$ 233 milhões e pelo segmento comercial, de US$ 164 milhões. Na conta financeira são registradas operações de câmbio para investimento em ações, renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e aplicação para fins produtivos, entre outros.

No ano até 5 de abril, no entanto, o fluxo cambial para o Brasil é positivo em US$ 18,331 bilhões, sendo US$ 8,562 bilhões na conta financeira e US$ 9,769 bilhões pela via comercial. O BC também informou que a compra de dólares no mercado à vista aumentou as reservas internacionais do Brasil em US$ 859 milhões em abril até a última quinta-feira.

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