Swap: pelo conceito de competência, o prejuízo em julho até o dia 15 foi de R$ 2,508 bilhões (Thinkstock/stevanovicigor)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2016 às 13h21.
Brasília - Após lucro de R$ 22,737 bilhões com as operações de swap cambial em junho, o Banco Central (BC) registrou perda de R$ 391 milhões com esses leilões na primeira quinzena de julho pelo critério caixa, conforme informou nesta quarta-feira, 20, a instituição.
Pelo conceito de competência, o prejuízo em julho até o dia 15 foi de R$ 2,508 bilhões.
O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.
O estoque de swaps cambiais do BC está na casa de US$ 60 bilhões, mas já superou os US$ 100 bilhões no passado. Com a retomada dos leilões de swap cambial reverso diariamente desde o dia 1º deste mês, esse saldo tende a diminuir.
Em contrapartida ao prejuízo dos primeiros dias deste mês com os swaps, o BC obteve um lucro de R$ 19,889 bilhões com a rentabilidade com a administração das reservas internacionais.
Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros. O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou positivo em R$ 13,105 bilhões em julho até o dia 15.
O resultado das operações cambiais no período ficou no azul em R$ 11,047 bilhões.
No acumulado do ano até a mesma data, o lucro com swap soma R$ 69,272 bilhões pelo resultado caixa e R$ 76,198 bilhões pelo competência.
Já a rentabilidade das reservas internacionais no período está negativa em R$ 214,448 bilhões, com resultado líquido negativo em R$ 250,246 bilhões e operações cambiais também negativas de R$ 173,599 bilhões.
O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, a autarquia não visa ao lucro, mas fornecer "hegde" ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.
O presidente do BC, Ilan Goldfajn, e alguns de seus novos diretores já comentaram que é possível debater o tamanho das reservas internacionais do país, atualmente na casa de US$ 370 bilhões, mas declararam que essas discussões devem ocorrer mais para frente, quando o país não estiver passando por um momento delicado como o atual.