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BC limita alta do dólar ante real após Fed sinalizar mais juros neste ano

O dólar avançou 0,17 por cento, a 3,7137 reais na venda, depois de bater 3,7391 reais na máxima do dia

Dólar: ação do BC brasileiro ajudou a segurar altas mais agressivas no câmbio (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Dólar: ação do BC brasileiro ajudou a segurar altas mais agressivas no câmbio (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de junho de 2018 às 17h06.

São Paulo - O dólar fechou a quarta-feira com pequena elevação ante o real, com a atuação intensa do Banco Central brasileiro no mercado aliviando a pressão após o Federal Reserve, banco central norte-americano, indicar que elevará os juros mais vezes neste ano, movimento que tende a afetar o fluxo de capital global.

O dólar avançou 0,17 por cento, a 3,7137 reais na venda, depois de bater 3,7391 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha leve queda de cerca de 0,15 por cento no final da tarde.

"As projeções em onde as taxas (dos EUA) terminarão em 2020 não mudaram. Assim, as previsões indicam ritmo mais forte de aperto", escreveu o analista da gestora CIBC Capital Markets, Royce Mendes.

Como amplamente esperado, Fed elevou a taxa de juros pela segunda vez neste ano, para o intervalo entre 1,75 e 2 por cento ao ano, e indicou que vê outras duas altas ainda neste ano.

Antes, o mercado estava dividido entre três ou quatro altas de juros pelo Fed neste ano ao todo, em meio a sinais de melhor desempenho econômico que os Estados Unidos têm dado. Taxas mais altas têm potencial para atrair à maior economia do mundo recursos aplicados em outras praças financeiras.

A ação do BC brasileiro ajudou a segurar altas mais agressivas no câmbio. Logo após o Fed, a autoridade anunciou seu terceiro leilão do dia de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- injetando apenas nesta sessão 4,5 bilhões de dólares.

Essa atuação, somada à perda de força do dólar ante outras divisas no exterior, foi fundamental para conter a valorização da moeda no mercado doméstico.

Na semana passada, o BC informou que injetaria 20 bilhões de dólares até o final desta semana por meio de novos swaps cambiais para dar liquidez ao mercado. Desses total, já colocou 13 bilhões no sistema.

Especialistas consultados pela Reuters avaliaram que o BC deve concluir essa forte atuação no mercado de câmbio na sexta-feira e manter apenas a rolagem dos swaps, mas com a advertência de que manterá uma atuação discricionária. O efeito surpresa, acreditam, pode ajudar a conter o ímpeto de alta da moeda norte-americana.

O BC vendeu ainda a oferta integral de até 8.800 swaps cambiais tradicionais para rolagem, já somando 3,960 bilhões de dólares do total de 8,762 bilhões de dólares que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, fará rolagem integral. (Edição de Patrícia Duarte e Camila Moreira)

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