Mercados

BC intervém após dólar bater recordes e encostar em R$ 4,27

A operação do BC ocorreu das 11h03 às 11h08 e não foram divulgados os montantes ofertados

BC: após disparada do dólar, instituição anunciou leilão extra para vender a moeda norte-americana à vista nesta terça (Gustavo Gomes/Bloomberg)

BC: após disparada do dólar, instituição anunciou leilão extra para vender a moeda norte-americana à vista nesta terça (Gustavo Gomes/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 13h18.

Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 13h19.

Com a cotação do dólar batendo recordes, o Banco Central anunciou leilão extra para vender a moeda norte-americana à vista nesta terça-feira, 26. O mercado reagiu à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, na segunda-feira, disse não estar preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que "é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo".

A operação do BC ocorreu das 11h03 às 11h08 e não foram divulgados os montantes ofertados. Conforme o BC, a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320.

Mais cedo, o BC promoveu operação de venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que equivale à venda de dólar no mercado futuro.

 

Logo após a ação do Banco Central, o dólar desacelerou para o patamar de R$ 4,24. Antes, tinha chegado à máxima de R$ 4,2694 no mercado à vista e R$ 4,270 no contrato futuro de dezembro.

Às 12h22, a moeda era cotada a R$ 4,2610, com alta de 1,12%.

O dólar turismo era vendido a R$ 4,4582 em São Paulo.

Na segunda-feira, 25, o dólar comercial fechou em nova máxima histórica, a R$ 4,2145, o maior valor desde o início do Plano Real.

Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Washington, Guedes disse que o Brasil tem uma moeda forte e que flutuações no câmbio não são motivo de preocupação. "Quando você tem um fiscal mais forte e um juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio também ele é mais alto."

Política monetária

O sinal do ministro reforça a percepção do mercado de que o Banco Central pode fazer o último corte de juros em dezembro.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que se o patamar da moeda americana pressionar os preços o BC poderá atuar via política monetária (ou seja, na taxa de juros), e não via câmbio.

Na manhã desta terça, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que "há prós e contras" com fato de o dólar ter alcançado novo valor nominal recorde. "Se você for analisar na ponta da linha, tem vantagens, prós e contra no dólar a R$ 4,21 como está agora (sic)", afirmou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada. "Espero que caia (a cotação da moeda), torço, assim como torço para que caia a taxa Selic, torço para que aumente a nossa credibilidade junto ao mundo", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:DólarBanco CentralPaulo Guedes

Mais de Mercados

A nova aposta do Google: data centers alimentados por energia nuclear

Airbnb vai adotar tecnologia 'antifesta' em reservas no Halloween

Com chips de IA, Qualcomm tem maior alta na bolsa em seis meses

Ibovespa bate novo recorde com otimismo após encontro de Lula e Trump