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BC faz 4 leilões, mas dólar cai para marca de R$ 1,536

A autoridade monetária anunciou, antes da abertura do mercado, que fará às 18 horas de hoje uma pesquisa de demanda para eventual leilão de swap cambial reverso amanhã

No fechamento das negociações desta terça-feira, o dólar comercial recuou 0,45%, para R$ 1,536 (Joe Raedle/Getty Images)

No fechamento das negociações desta terça-feira, o dólar comercial recuou 0,45%, para R$ 1,536 (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 17h34.

São Paulo - Após cair no começo do dia ao patamar de R$ 1,52 em meio ao impasse sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos, o dólar negociado no mercado interbancário de câmbio brasileiro reduziu gradualmente a baixa na sessão com o auxílio do Banco Central.

A autoridade monetária anunciou, antes da abertura do mercado, que fará às 18 horas de hoje uma pesquisa de demanda para eventual leilão de swap cambial reverso amanhã. Depois, o BC realizou quatro leilões de compra de dólar na sessão, dois a termo para 2 de agosto e dois no mercado à vista. Mesmo assim, o dólar não abandonou o sinal de baixa ante o real e terminou no nível de R$ 1,53, o mais baixo desde janeiro de 1999.

No fechamento das negociações desta terça-feira, o dólar comercial recuou 0,45%, para R$ 1,536, após oscilar entre a mínima de R$ 1,529 (-0,91%) e a máxima de R$ 1,539 (-0,26%). A taxa de R$ 1,536 é a menor desde 15 de janeiro de 1999, quando o dólar comercial encerrou em R$ 1,4659. Na BM&F, o dólar à vista terminou com baixa de 0,41%, a R$ 1,5363. O euro comercial subiu 0,54% hoje e fechou a R$ 2,23.

A razão foi o fluxo cambial positivo para o Brasil e a persistente queda da divisa dos Estados Unidos em relação ao euro, o iene e o franco suíço, entre outras divisas, por causa do receio dos investidores com a falta de um acordo entre democratas e republicanos no Congresso dos EUA para aumentar o teto do endividamento até 2 de agosto, a fim de evitar que o país corra o risco de dar um calote. A possibilidade de nova medida do Ministério da Fazenda ou BC para tentar conter a apreciação do real também continua no radar dos investidores.

Nos leilões de compra a termo para 2 de agosto, o BC fixou as taxas de corte em R$ 1,534, pela manhã, e de R$ 1,5355 na operação realizada à tarde. No leilão de compra à vista, o BC pagou taxas de corte de R$ 1,5331 e de R$ 1,5360, respectivamente.

No caso da pesquisa de demanda para eventual leilão de swap reverso amanhã, o mercado tem dúvida se a operação será nova ou uma tentativa de rolagem do próximo vencimento, em 1º de agosto, de cerca de US$ 1,3 bilhão desses contratos.

O swap cambial reverso é um contrato feito entre o Banco Central e instituições financeiras no mercado futuro. O swap vem do inglês "troca". Nesse caso, é feita uma troca de rentabilidades: dólar por juro. No período de vigência do contrato, o BC ganha a variação do dólar, a ser paga pelos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, ficam com a remuneração da taxa Selic, que será bancada pelo governo.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar subiu 0,37% hoje para R$ 1,623 na venda e R$ 1,507 na compra. O euro turismo subiu 0,56%, cotado a R$ 2,328 na venda e R$ 2,191 na compra.

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