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Banco Central anuncia leilão de linha de até US$ 2 bilhões nesta sexta

Serão realizadas duas operações — "A" e "B" — entre 10h15 e 10h20; a venda será liquidada em 17 de março e a recompra dos valores ocorrerá até 2 de julho

Dólar: moeda fechou na máxima histórica nesta quinta-feira (Yuji Sakai/Getty Images)

Dólar: moeda fechou na máxima histórica nesta quinta-feira (Yuji Sakai/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 12 de março de 2020 às 18h55.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 20h00.

O Banco Central vai recorrer a uma terceira ferramenta de intervenção cambial na sexta-feira ao ofertar até 2 bilhões de dólares por meio de leilões de linhas — venda com compromisso de recompra.

Serão realizadas duas operações --"A" e "B"-- entre 10h15 e 10h20. A venda será liquidada em 17 de março.

A recompra dos dólares vendidos no leilão "A" será em 5 de maio, e o mercado terá de devolver ao BC os dólares da operação "B" em 2 de julho.

Os leilões de sexta-feira contemplam dinheiro novo. É a primeira vez que o BC faz oferta líquida de moeda nessa modalidade desde 17 e 18 de dezembro do ano passado — quando, no total, foram vendidos ao mercado 2,50 bilhões de dólares.

Os leilões de linha costumam ser realizados em momentos de demanda pontual por liquidez.

Nesta semana, o BC vendeu dólares à vista e realizou operações de swap cambial tradicional. Desde segunda-feira, já colocou 7,245 bilhões de dólares em moeda à vista e injetou 10,5 bilhões de dólares neste ano via contratos de swap cambial tradicional — que equivalem à colocação de liquidez no mercado futuro.

No começo da semana, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse que a autoridade monetária não tem preconceito contra qualquer instrumento cambial e interviria com ferramentas e montante necessários para acalmar o mercado e promover a funcionalidade das operações.

O reforço nas atuações ocorre em meio a um salto na volatilidade e nas cotações do dólar, diante da intensificação dos temores do coronavírus e, mais recentemente, da piora na avaliação do mercado sobre o cenário fiscal brasileiro.

O dólar chegou a ultrapassar a barreira dos 5 reais nesta quinta, antes de fechar em novo recorde histórico para um encerramento de 4,7857 reais na venda (alta no dia de 1,38%).

Na semana, a cotação salta 3,26%, enquanto dispara 19,26% no ano, o que deixa o real na vice-lanterna entre 33 pares da divisa dos Estados Unidos.

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