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BC age e dólar fecha em alta pelo 2º dia seguido

A moeda passou a exibir trajetória positiva após o presidente do BC ter reafirmado a política de câmbio flutuante do Brasil


	Dólar: a moeda norte-maeicana encerrou as negociações desta terça-feira com alta de 0,20%
 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Dólar: a moeda norte-maeicana encerrou as negociações desta terça-feira com alta de 0,20% (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 17h38.

São Paulo - Pelo segundo dia seguido, o Banco Central (BC) mudou o rumo do dólar no mercado à vista, de queda para alta. Além disso, um movimento de realização de lucros nas Bolsas em Nova York, combinado com a valorização do dólar ante o euro, ajudou a sustentar o ajuste positivo da moeda norte-americana em relação ao real na tarde desta terça-feira.

No fechamento, o dólar no mercado à vista exibia alta de 0,20%, a R$ 1,9620 no balcão. Na BM&FBovespa, o dólar spot terminou na máxima, a R$ 1,9628 (+0,33%). O giro total à vista na clearing de câmbio até 16h59 somava US$ 2,271 bilhões. No mercado futuro, nesse horário, o dólar para abril de 2013 subia 0,31%, a R$ 1,970.

Nesta sessão, a intervenção da autoridade monetária foi por meio das declarações do seu presidente Alexandre Tombini, na Polônia. Tombini reafirmou a política de câmbio flutuante no País e reforçou que o BC tem instrumentos contra choques para operar em várias situações. Logo depois, o dólar, que havia testado uma mínima de R$ 1,9550 e oscilava perto da estabilidade, virou para o terreno positivo e atingiu uma máxima de R$ 1,9650 no início da tarde.

O BC também agiu na véspera, quando o dólar encostou em R$ 1,942, comprando a moeda no mercado futuro, por meio de um leilão de swap cambial reverso. A intervenção recolocou o dólar acima do patamar de R$ 1,95 e deixou claro para o mercado que este é um piso informal defendido pelo governo.


Por isso, o mercado respeitou o suporte de preço, disse o superintendente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba, Ricardo Gomes da Silva. Segundo ele, a maior demanda pela moeda amparou um fluxo cambial diário levemente negativo, que favoreceu ainda a subida das cotações.

Um operador de tesouraria de um banco afirmou que a piora do cenário externo no período vespertino pesou para a manutenção da depreciação do real. Em Nova York, os investidores realizaram lucros após o índice Dow Jones registrar na segunda-feira (11) a sétima sessão consecutiva de ganhos, a maior sucessão de altas em um ano. O cenário favoreceu os treasuries, cujos preços subiram após seis sessões consecutivas de baixas. Já o petróleo atingiu a máxima em duas semanas, em uma recuperação conduzida por fatores técnicos.

Em Nova York, às 17h03 (horário de Brasília), o euro estava em US$ 1,3032, de US$ 1,3045 no fim da tarde da véspera. Em relação à moeda japonesa, o dólar reduzia a baixa e caía a 96,00 ienes, ante 96,29 na segunda-feira e de uma mínima mais cedo em 95,64 ienes.

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