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BB Seguridade e Smiles inauguram retomada de IPOs no Brasil

A BB Seguridade pode selar nesta quinta-feira a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do mundo em sete meses


	A unidade de banco de investimento do Banco do Brasil está liderando a oferta o BB Seguridade, junto com Bradesco, Itaú Unibanco, JPMorgan
 (Divulgação/Banco do Brasil)

A unidade de banco de investimento do Banco do Brasil está liderando a oferta o BB Seguridade, junto com Bradesco, Itaú Unibanco, JPMorgan (Divulgação/Banco do Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 18h34.

São Paulo - A BB Seguridade pode selar nesta quinta-feira a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do mundo em sete meses, em um momento no qual a confiança com o Brasil diminuiu por preocupações com a alta inflação e a interferência do governo em alguns setores da economia.

A BB Seguridade, unidade de pensão e seguros do estatal Banco do Brasil, pode levantar até 12,2 bilhões de reais quando fizer a precificação ainda nesta quinta-feira, sendo o maior IPO deste ano no mundo, segundo dados da Thomson Reuters.

A oferta também seria a maior dos mercados globais desde a listagem da Japan Airlines em setembro do ano passado.

Uma precificação bem-sucedida da BB Seguridade, que ocorre simultaneamente ao IPO da administradora de planos de fidelidade Smiles, representaria um impulso necessário à confiança com um mercado de IPOs que há alguns anos estava entre os mais aquecidos do mundo.

Prejudicados por uma série de negócios que não entregaram os retornos prometidos, investidores se tornaram nos últimos dois anos mais cautelosos com o Brasil, colocando uma dúvidas sobre o portfólio potencial de IPOs neste ano, estimado em cerca de 10 bilhões de dólares.

"Os mercados permaneceram atentos ao potencial de IPOs brasileiros", disse David Menlow, presidente na IPOFinancial.com, uma empresa especializada em análises de tendências de ofertas iniciais. "Se (o país) voltar aos trilhos, a atividade pode se tornar favorável." Apenas três empresas brasileiras realizaram ofertas públicas iniciais em 2012, frente a 11 em 2010 e em 2011 cada, e um recorde de 64 em 2007, segundo dados da Thomson Reuters.

Forte mês

Abril pode ser o melhor mês para IPOs no Brasil desde outubro de 2009, quando duas transações movimentaram 14 bilhões de reais.

A empresa aérea brasileira Gol espera levantar até 1,35 bilhão de reais na listagem da Smiles. A companhia planeja vender pelo menos 30,6 milhões de ações ordinárias em uma faixa de preço de 20,70 a 25,80 reais cada. Um lote adicional de 13,5 milhões de ações podem ser oferecidas como parte da transação.


Uma fonte com conhecimento direto no negócio da BB Seguridade disse à Reuters que as ações da seguradora podem ser precificadas entre 16,50 e 17 reais cada, próximo do teto do preço sugerido. A demanda ficou quase duas vezes acima da oferta, disse a fonte.

O anteriormente agitado mercado de IPOs no Brasil ainda está voltando lentamente ao seu passo, mas menos suavemente do que diversos executivos do setor financeiro esperavam, à medida que alguns investidores permanecem cautelosos sobre o risco de ofertas superfaturadas, crescimento econômico fraco e o impacto da interferência estatal em algumas áreas da economia, como energia elétrica e serviços bancários.

Investidores estrangeiros, tradicionalmente os maiores compradores nas ofertas iniciais brasileiras, podem ficar com mais de metade das ações ofertadas pela BB Seguridade, acrescentou a fonte.

Fundos de pensão brasileiros, que se afastaram de IPOs pela baixa visibilidade de ganhos, podem participar ativamente na transação, disse a fonte.

Ambos os negócios são um impulso para bancos de investimento locais, que estão disputando os maiores e mais lucrativos negócios no mercado acionário brasileiro com os seus concorrentes estrangeiros.

A unidade de banco de investimento do Banco do Brasil está liderando a oferta o BB Seguridade, junto com Bradesco, Itaú Unibanco, JPMorgan. Outros bancos de investimentos trabalham na transação, incluindo o BTG Pactual.

A Gol e a Smiles contrataram a unidade de banco de investimento do Credit Suisse. Banco do Brasil, Itaú, Morgan Stanley, Deutsche Bank e Santander também atuam na operação.

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