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BB e Itaú são ações preferidas dentro do setor após safra de balanços

A perspectiva de alta para o Ibovespa cresceu na pesquisa do Termômetro Broadcast Bolsa

Bolsa: entre os indicadores, o destaque é o IPCA-15 de fevereiro, na quinta (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bolsa: entre os indicadores, o destaque é o IPCA-15 de fevereiro, na quinta (Patricia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 10h58.

São Paulo - Após o fim da safra de balanços dos grandes bancos relativos ao quarto trimestre de 2018, o Banco do Brasil e Itaú Unibanco são as ações mais recomendadas pelos analistas. O Itaú entrou nas carteiras de três corretoras, e o Banco do Brasil foi inserida em uma recomendação, e está presente em outras três.

O BB é a top pick da Planner Corretora para o setor bancário. Para o analista Victor Figueiredo, os pontos positivos do banco público apresentados no balanço do quarto trimestre foram a redução das provisões contra créditos de liquidação duvidosa (PDD), com inadimplência em queda, o aumento das receitas de serviços, despesas alinhadas com a inflação, melhora da rentabilidade e boas perspectivas para 2019.

Segundo Figueiredo, todos os bancos devem gerar resultados melhores neste ano, mas os maiores crescimentos devem ser registrados por BB, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander, nesta ordem.

A Guide Investimentos incluiu o Banco do Brasil na sua carteira recomendada, retirando Petrobras PN da lista. A corretora afirma que segue confiante com o banco para este ano.

"Os últimos resultados operacionais têm superado a expectativa do mercado, mostrando uma contínua recuperação da qualidade da carteira de crédito, além do eficiente controle das despesas administrativas e crescimento das rendas de tarifas, reflexo do maior consumo de produtos e serviços", diz a Guide.

Para Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, a melhor aposta para este ano entre os grandes bancos também é o BB. Ele cita a estratégia do governo de enxugar as estatais que não serão privatizadas.

No entanto, para a próxima semana, o banco que faz parte da carteira da Mirae é o Itaú Unibanco. Além de citar os números dos últimos três meses do ano passado, a corretora lembra que o banco pagará Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 0,7494 por ação, para quem estiver na base de acionistas até a próxima quinta-feira (21).

Para 2019, a Mirae espera uma "melhora relevante na margem financeira com clientes", depois do banco anunciar um guidance de crescimento entre 9,5% e 12,5% neste indicador.

A Terra Investimentos também colocou Itaú Unibanco PN em sua carteira. A corretora cita, entre os motivos para inserir a ação nas recomendações, a melhora nos resultados de seguros de autos e residências, a distribuição de proventos, e a capacidade de alavancagem por conta da alta liquidez.

Além de Itaú Unibanco, entraram na carteira da Terra Petrobras PN e Raia Drogasil ON, com as saídas de Braskem PNA, Marfrig ON e Klabin Unit. A Mirae manteve somente Pão de Açúcar PN em relação à última semana, e além de Itaú Unibanco PN, entraram na carteira recomendada Marcopolo ON, Petrobras PN e Ultrapar ON.

A Planner fez uma troca em sua carteira, retirando Iochpe Maxion ON e colocando Vale ON. O Modalmais trocou toda sua carteira, com as saídas de Itaú Unibanco PN, Petrobras PN, Lojas Renner ON, B3 ON e Porto Seguro ON, com as entradas de Itaúsa PN, BB Seguridade ON, Pão de Açúcar PN, Iguatemi ON e Minerva ON. A Nova Futura também trocou todas as ações, tirando Cesp PNB, Vale ON, Porto Seguro ON, Lojas Marisa ON e Smiles ON, com inclusão de Camil ON, Embraer ON, Gerdau PN, Petrobras PN e Ultrapar ON.

Termômetro

A perspectiva de alta para o Ibovespa cresceu na pesquisa do Termômetro Broadcast Bolsa, que tem por objetivo captar o sentimento de operadores, analistas e gestores para o comportamento do índice na semana seguinte.

Entre 30 participantes, 60,00% acreditam em avanço das ações, ante 50,00% no levantamento da semana passada, enquanto a previsão de baixa oscilou de 26,32% para 26,67%. A fatia dos que esperam estabilidade caiu de 23,68% para 13,33%. A Bolsa teve ganho semanal de 2,29%.

Na próxima semana, um dos pontos altos da agenda doméstica é a entrega ao Congresso pelo Executivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma da Previdência marcada para quarta-feira, dia 20, quando também serão conhecidos os detalhes do texto.

Entre os indicadores, o destaque é o IPCA-15 de fevereiro, na quinta. Ainda sem data definida, estão previstos o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da arrecadação.

Na B3, a semana começa com exercício de opções sobre ações já na segunda-feira (18). A temporada de balanços do quarto trimestre tem sequência, com resultados de empresas como a própria B3, Pão de Açúcar, Fibria, Gerdau, Magazine Luiza, Natura e Via Varejo.

No exterior, haverá a divulgação de uma série de indicadores econômicos na Europa, entre eles o PIB da Alemanha e a inflação na zona do euro. A ata da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira, também atrairá as atenções.

"A ata pode trazer mais detalhes sobre os próximos passos da condução da política monetária. Para este ano, não esperamos alteração da taxa de juros nos EUA", afirmam os economistas do Bradesco, em relatório. São esperados, ainda, discursos de vários diretores regionais do Fed nos próximos dias.

Na segunda-feira, os mercados em Wall Street estarão fechados em razão do feriado do Dia do Presidente.

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