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BB DTVM quer lançar fundos em Portugal, Japão e Coréia

Gestora de recursos quer abrir novos fundos com ativos brasileiros nos três países

“Hoje o apetite do investidor estrangeiro pelo Brasil em geral é muito grande”, justificou o BB DTVM para o lançamento dos fundos no exterior (Fernando Lemos/VEJA Rio)

“Hoje o apetite do investidor estrangeiro pelo Brasil em geral é muito grande”, justificou o BB DTVM para o lançamento dos fundos no exterior (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 14h55.

Rio de Janeiro - A BB Gestão de Recursos DTVM, maior gestora de recursos da América Latina, pretende lançar novos fundos com ativos brasileiros em Portugal, no Japão e na Coréia do Sul neste semestre.

Esses lançamentos, que serão feitos em parcerias com o grupo português Ongoing Strategy Invesments SGPS, a japonesa Shinko Asset Management Co. Ltd. e a coreana Kiwoom Securities Co., respectivamente, fazem parte de um projeto de expansão internacional da BB DTVM na Ásia, América Latina, Europa e nos Estados Unidos, segundo Carlos Takahashi, presidente da administradora de recursos.

“Hoje o apetite do investidor estrangeiro pelo Brasil em geral é muito grande”, disse Takahashi em entrevista na sede da instituição, no Rio de Janeiro, ontem. “Tem todo um pano de fundo que faz com que o Brasil seja visto com muito interesse pelo investidor estrangeiro.”

O Brasil tomou do Reino Unido a posição de sexta maior economia do mundo em 2011, de acordo com um relatório publicado no mês passado pelo Center for Economics and Business Research, ou CEBR, de Londres. O Fundo Monetário Internacional prevê que o Brasil passará a França como quinto maior Produto Interno Bruto no globo em 2015.

Sediar a Copa do Mundo em 2014 e ter o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas em 2016, além de ter setores se destacando como petróleo e gás e agronegócio, fazem parte desse “pano de fundo”, segundo Takahashi, abrindo espaço para o interesse do investidor em outros países por títulos corporativos e participações nas empresas brasileiras, além de títulos públicos.

Fundos

O tipo de produto que será lançado em Portugal, com a Ongoing, grupo português de investimento, ainda não foi definido, disse o executivo. Ele espera que a parceria com a Ongoing abra um canal de distribuição para outros países na Europa, além da unidade BB Securities, em Londres, já existente.


Na Coréia, o fundo incluirá investimentos em ações de small caps e também parte da remuneração por dividendos. No Japão, já há cerca de R$ 90 milhões em fundo de renda fixa, com parte variável por dividendos em parceria da BB DTVM com corretora do Julius Baer Group Ltd., com sede em Zurique, na Suíça. O novo produto com a Shinko deve ser de renda fixa, com títulos públicos e corporativos.

“Em 2011, houve lançamentos interessantes de crédito corporativo, principalmente debêntures, mas também letras financeiras e CDBs”, disse ele. “Acreditamos que este ano também haverá.”

A BB DTVM administra R$ 420 bilhões e desde 1994 é a líder no mercado brasileiro, segundo Takahashi. Ela fornece ao Banco do Brasil SA a carteira de fundos do banco.

América Latina

Na América Latina, o projeto da BB DTVM abrange usar os canais de distribuição na Argentina do Banco Patagônia SA, comprado pelo Banco do Brasil no ano passado, e abrir a investimentos de fundações de previdência os fundos já existentes na Colômbia, com a InterBolsa SA, de Bogotá, e no Chile, em parceria com a Principal Financial Group Inc., com sede em Des Moines, nos Estados Unidos.
Com isso, o fundo chileno, hoje com cerca de US$ 50 milhões, “tende a pelo menos triplicar” de valor, disse ele.

“Na América Latina, estamos olhando também o mercado peruano, que achamos que é um mercado interessante, estável”, disse Takahashi.

A BB DTVM conta com as unidades do banco BB Securities em Nova York, Londres e Cingapura para apoiar os negócios nos EUA e procurar entrar também em outros países da Europa e da Ásia. Além disso, conta com unidades em Dublin e Cayman, onde administra cerca de US$ 8 bilhões e US$ 2 bilhões, respectivamente, basicamente em recursos de exportadores brasileiros, segundo Takahashi.

“Nos Estados Unidos ainda temos um grande caminho para ser feito para capturar o investidor de fundos de pensão americano”, disse ele. “Mas a gente enxerga espaço para abrir fronteiras no médio prazo, em 2012 e 2013.”

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