Mercados

Bancos recomendam ações da Cnova, que lançará marketplace

"Estamos particularmente interessados no menos maduro mercado brasileiro, bem como na exposição aos mercados emergentes", disseram os analistas do Credit Suisse

12. Loja de comércio eletrônico (Divulgação)

12. Loja de comércio eletrônico (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 15h46.

São Paulo - As ações da empresa de comércio eletrônico Cnova ganhavam força nesta sexta-feira na bolsa norte-americana Nasdaq, após a companhia que reúne as atividades de varejo online do Grupo Pão de Açúcar com as de seu controlador francês Casino entrar no radar de análise de grandes bancos de investimento.

Às 15h30, os papéis da Cnova saltavam 5,56%, a 8,35 dólares, contra recuo de 0,5% da Nasdaq. As ações chegaram a atingir 8,48 dólares mais cedo, maior valor desde que começaram a ser negociadas no fim de novembro.

O Credit Suisse iniciou a cobertura da companhia com recomendação "outperform" (acima da média do mercado) e preço-alvo de 13 dólares em relatório datado da véspera.

Segundo a equipe de analistas do banco liderada por Stephen Ju, a Cnova lançará plataformas de vendas para terceiros, conhecidas no jargão do mercado como marketplaces, nos sites de Casas Bahia e Ponto Frio no primeiro trimestre do ano, o que deverá ajudar a melhorar suas margens brutas e operacionais.

Atualmente, a Cnova possui marketplace na França e no site do Extra no Brasil. Além disso, também atua com varejo online na Colômbia, Equador, Tailândia e Vietnã, além de Costa do Marfim, Senegal e Bélgica.

"Estamos particularmente interessados no menos maduro mercado brasileiro, bem como na exposição aos mercados emergentes ... mas temos que notar que mesmo em seu mercado doméstico na França, a penetração do e-commerce ainda fica atrás da observada nos Estados Unidos e em outros países da Europa Ocidental", disseram os analistas do banco.

Na terça-feira, a companhia já havia visto uma alta de 10,6% nas suas ações, quando passou a ser coberta pelo JP Morgan, Morgan Stanley, Deutsche Bank e Bank of America Merrill Lynch.

Todos os quatro bancos, bem como o Credit Suisse, atuaram na abertura de capital da companhia na Nasdaq.

Em relatório, a equipe do JP Morgan, que estabeleceu uma recomendação "overweight" (acima da média do mercado) para os papéis, assinalou que a Cnova é a sexta maior empresa de e-commerce do mundo em receita, e que, graças à escala e infraestrutura de suas controladoras, possui um modelo de baixo custo de investimento, abrindo caminho para um agressivo posicionamento de preço.

O Morgan Stanley também iniciou a cobertura da empresa com recomendação "overweight", enquanto o Deutsche Bank recomendou "manutenção" e o BofA, "compra".

A Cnova anunciou no fim de novembro ter captado 187,6 milhões de dólares na sua oferta pública inicial de ações (IPO), metade do valor de até 375,2 milhões de dólares inicialmente estimado pela companhia para a operação, com os papéis sendo precificados a 7 dólares cada.

Acompanhe tudo sobre:bancos-de-investimentoCasas BahiaComércioCredit Suissee-commerceEmpresasEmpresas suíçasExtraGlobexMercado financeiroNasdaqPão de AçúcarPonto FrioVarejo

Mais de Mercados

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netfix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem