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Bancos e Petrobras pressionam e Ibovespa fecha em queda

O sentimento de aversão ao risco ainda predominou sobre os negócios na Bovespa


	Bovespa: o Ibovespa recuou 1,72 por cento, a 49.245 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa recuou 1,72 por cento, a 49.245 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 17h57.

São Paulo - O sentimento de aversão ao risco predominou sobre os negócios na Bovespa nesta segunda-feira, com os mercados repercutindo pelo segundo dia a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

Papéis de peso como Petrobras e os de bancos foram os que mais pressionaram a baixa na bolsa paulista.

O Ibovespa recuou 1,72 por cento, a 49.245 pontos. O giro financeiro foi de 5,36 bilhões de reais.

Investidores continuaram dando preferência a ativos considerados mais seguros neste pregão, quando a libra esterlina atingiu nova mínima de 31 anos contra o dólar.

Mas a Bovespa caiu menos do que as bolsas europeias, em meio à perspectiva de que o Federal Reserve pode postergar a alta do juro nos Estados Unidos e de possíveis medidas de bancos centrais.

Tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, ações do setor financeiro provocaram queda no mercado. O índice de bancos regionais europeu perdeu 7,7 por cento, em meio à percepção de que a decisão britânica deve comprimir os resultados de instituições financeiras ainda mais.

"O setor financeiro pesa por aqui porque está pesando demais na Europa e nos Estados Unidos... Há uma percepção de risco maior sobre as operações de bancos (com a decisão do Reino Unido)", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

Ele também ponderou que as ações dos bancos brasileiros estão entre as poucas que têm espaço para cair após performance positiva recentemente.

DESTAQUES

--ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO caíram 3,35 e 3,95 por cento, respectivamente, sendo as maiores pressões de baixa sobre o Ibovespa devido ao seu relevante peso sobre o índice. O setor também foi influenciado por dados de crédito do Banco Central nesta segunda-feira mostrando que a inadimplência no país no segmento de recursos livres subiu a 5,9 por cento em maio, contra 5,7 por cento em abril, renovando mais uma vez o patamar mais alto da série histórica.

--PETROBRAS caiu 5,08 por cento nas preferenciais e 5,51 por cento nas ordinárias, no pior desempenho do Ibovespa, com o petróleo em queda superior a 2,5 por cento. No radar também estava notícia da Folha de S.Paulo de que a Petrobras vai adotar o modelo de gestão compartilhada na venda de parte da BR Distribuidora. --VALE perdeu 1,72 cento nas preferenciais na toada geral da bolsa, apesar da alta expressiva do minério de ferro. O minério na bolsa de Dalian subiu quase 6 por cento e o minério de ferro para entrega imediata no porto chinês de Tianjin subiu 3,5 por cento.

--ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES recuou 0,97 por cento, depois de divulgar que a família Zaher, que detém cerca de 14 por cento das ações da empresa de educação superior, avalia lançar uma oferta pelo controle da companhia, em busca de impedir a venda da empresa para rivais. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, o Conselho da Estácio se reúne na quinta-feira para discutir três propostas de compra.

--COSAN, RAIA DROGASIL e BB SEGURIDADE, ações mais ligadas à economia doméstica, encerraram na ponta positiva, com altas de 2,27, 2,06 e 1,95 por cento, respectivamente.

--GOL, fora do Ibovespa, caiu 9,72 por cento, após avançar 47 por cento nos últimos seis pregões. Na semana passada, a ação foi beneficiada pela aprovação pela Câmara dos Deputados da retirada do limite para participação estrangeira em companhias aéreas brasileiras.

Texto atualizado às 17h56

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