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Bancos e construtoras ajudam e Ibovespa sobe 0,06%

São Paulo - A queda nos preços das blue chips e da maioria das siderúrgicas pesou, mas foi insuficiente para fazer o índice Bovespa fechar em queda. Assim, a Bolsa brasileira trabalhou a maior parte do dia na contramão de Nova York, que se ressentiu de um indicador fraco e da indefinição sobre o aumento […]

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 17h54.

São Paulo - A queda nos preços das blue chips e da maioria das siderúrgicas pesou, mas foi insuficiente para fazer o índice Bovespa fechar em queda. Assim, a Bolsa brasileira trabalhou a maior parte do dia na contramão de Nova York, que se ressentiu de um indicador fraco e da indefinição sobre o aumento do teto do endividamento norte-americano e passou o dia sem muito vigor. A valorização das ações ligadas ao setor financeiro e de construção garantiram a pequena alta, de 0,06%, do Ibovespa.

O índice à vista alcançou hoje 59.119,71 pontos. Na mínima, registrou 59.045 pontos (-0,06%) e, na máxima, os 59.552 pontos (+0,79%). No mês, o Ibovespa acumula perda de 5,26% e, no ano, queda de 14,70%. O giro financeiro totalizou R$ 5,396 bilhões. Os dados são preliminares.

O dia começou positivo no exterior, diante da expectativa de que os europeus cheguem a um acordo na reunião de amanhã que vai discutir a situação grega e que o mesmo aconteça com os Estados Unidos sobre sua dívida. Esse sentimento deu sustentação às bolsas europeias, que subiram empurradas pelas ações de bancos e também por papéis de tecnologia, estimulados pelo balanço favorável divulgado ontem à noite pela Apple. Em Londres, o índice FT-100 fechou em alta de 1,10%, aos 5.853,82 pontos. Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX terminou a sessão com valorização de 0,38%, aos 7.220,19 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 1,61%, aos 3.754,60 pontos.

Nos EUA, as bolsas também abriram no azul, diante de sinais de que o impasse sobre o teto da dívida norte-americana estaria próximo de ser resolvido, após o presidente dos EUA, Barack Obama, ter elogiado o plano elaborado pela 'gangue dos seis' e que prevê cortes de US$ 3,7 trilhões. Mas essa avaliação foi mudando com o passar do tempo, já que são grandes as chances de a Câmara não aprovar essa proposta. E, além do mais, ela trata apenas da dívida, sem citar o aumento do teto do endividamento. A única certeza é que as negociações prosseguem.

O Dow Jones recuou 0,12%, aos 12.571,91 pontos, o S&P-500 perdeu 0,07%, aos 1.325,84 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,43%, aos 2.814,23 pontos. Também contribuiu para o desempenho das ações hoje a queda de 0,8% nas vendas de imóveis residenciais usados nos EUA em junho ante maio. A previsão era de aumento de 1,9%.

No Brasil, a Bovespa segurou-se bem, embora tenha praticamente zerado os ganhos a minutos do fim do pregão, de olho no exterior. As ações dos bancos e construtoras ajudaram a segurar o índice, já que foram bastante penalizados este ano e também contaram com a leitura benevolente do IPCA-15. O índice de inflação ficou no piso das projeções (0,10%) e aumentou as apostas de que a alta da taxa Selic hoje, em 0,25 ponto porcentual, para 12,5% ao ano, pode ser a última do ano.

Bradesco PN subiu 1,23%, Itaú Unibanco PN, +0,72%, BB ON, +2,07%, Santander unit, +0,13%. Gafisa ON, +4,87%, Cyrela ON, +2,62%, PDG ON, +1,49%, Bisa ON, +1,08% e Rossi ON, +0,43%.

As blue chips, no entanto, caíram e pesaram sobre o Ibovespa. Vale, de novo, teve desempenho melhor do que Petrobras. Vale ON ficou estável e Vale PNA perdeu 0,52%. Petrobras caiu 0,80% na ON e 1,19% na PN. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo de agosto, que venceu hoje, subiu 0,65%, a US$ 98,14 o barril, e o de setembro avançou 0,55%, a US$ 98,40.

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