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Bancos amparam alta de Wall Street após semana ruim

Nova York - As bolsas de valores dos Estados Unidos quebraram uma sequência de três quedas nesta sexta-feira, em meio à compra de ações desvalorizadas, entre elas as de bancos, por apostas de que um projeto de regulação financeira não será tão oneroso quanto alguns temiam. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova […]

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2010 às 22h13.

Nova York - As bolsas de valores dos Estados Unidos quebraram uma sequência de três quedas nesta sexta-feira, em meio à compra de ações desvalorizadas, entre elas as de bancos, por apostas de que um projeto de regulação financeira não será tão oneroso quanto alguns temiam.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,25 por cento, para 10.193 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,14 por cento, para 2.229 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,50 por cento, para 1.087 pontos.

No acumulado da semana, no entanto, o Dow recuou 4 por cento, o S&P 500 cedeu 4,2 por cento, ao passo que o Nasdaq teve baixa de 5 por cento.

Apesar da alta desta sessão, o S&P 500 ainda acumula depreciação de 10,6 por cento ante a máxima de 23 de abril, o que é tradicionalmente considerado uma correção, uma vez que investidores saíram de ativos de risco receosos de que a crise de dívida na zona do euro possa minar o crescimento global.

As ações de bancos subiram um dia após o Senado dos EUA aprovar uma abrangente reforma nas regras para companhias de Wall Street, encerrando meses de discussões sobre as maiores mudanças na regulamentação do setor desde a década de 1930.

Analistas disseram que o projeto do Senado reduziu a incerteza ligada ao formato final da regulação, que ainda pode ser derrubado nas negociações com a Câmara dos Deputados norte-americana.

Os papéis de bancos saltaram após a diminuição nas expectativas de que o projeto poderia reduzir os lucros do setor. O JP Morgan Chase & Co, com um salto de 5,9 por cento, foi o maior impulso positivo no Dow Jones.

"(O projeto) parece um pouco menos oneroso que o antecipado pelos investidores, mas o temor está nos detalhes e ainda há muito a ser discutido sobre isso", afirmou David Katz, vice-presidente de investimento da Matrix Asset Advisors, em Nova York. 


No início da sessão, o S&P 500 chegou a cair abaixo do piso atingido na queda geral dos mercados no dia 6 de maio.

As ações do Goldman Sachs avançaram 3,3 por cento, com rumores de um possível acordo com a Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais dos EUA) nas acusações de fraude contra o banco. Fontes familiares ao assunto, contudo, disseram à Reuters que não houve acordo algum.

Notícias vindas do outro lado do Atlântico também ajudaram o mercado. A Alemanha aprovou a lei que permite ao país contribuir com o pacote de resgate de 750 bilhões de euros às nações da zona do euro para ajudar a proteger a moeda única. 


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