Mercados

Bancos: à espera da retomada

Após o banco Santander surpreender o mercado na última semana com um resultado acima do esperado (de quase 2 bilhões de reais), chegou a vez de o Bradesco divulgar o balanço do quarto trimestre. Para analistas, é bom não esperar grandes surpresas. O resultado do Bradesco deve ser um lucro de 4,54 bilhões de reais – […]

BRADESCO: o MP determinou que o banco deixou de dar aumentos salariais e benefícios correspondentes às promoções de alguns funcionários / Bloomberg / Getty Images (./Getty Images)

BRADESCO: o MP determinou que o banco deixou de dar aumentos salariais e benefícios correspondentes às promoções de alguns funcionários / Bloomberg / Getty Images (./Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 19h57.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

Após o banco Santander surpreender o mercado na última semana com um resultado acima do esperado (de quase 2 bilhões de reais), chegou a vez de o Bradesco divulgar o balanço do quarto trimestre. Para analistas, é bom não esperar grandes surpresas. O resultado do Bradesco deve ser um lucro de 4,54 bilhões de reais – uma alta de apenas 4,3% em relação ao último trimestre de 2015.

Se por um lado o crescimento serve para mostrar que o pior já passou, por outro mostra como a recuperação deve vir a passos lentos. A queda dos juros, atualmente em 13%, ajuda companhias endividadas, mas  ainda não é suficiente para retomar seus investimentos no país. Do lado da pessoa física, o desemprego ainda sobe – tendência que deve se manter ao longo do primeiro semestre de 2017.

“A demanda de crédito nesse segmento só se materializará quando as vendas se recuperarem e/ou as empresas concluírem seu processo de desalavancagem – um movimento que já está em andamento”, afirmam analistas do banco BTG Pactual em relatório.

“A queda na inadimplência já veio, o que deve ajudar a retomada dos lucros, mas o volume de crédito não deve crescer por enquanto”, afirma Philip Soares, analista da Ativa Investimentos. A recuperação do crédito, avaliam analistas, deve vir no segundo semestre. “Esperamos que o crescimento do lucro por ação se recupere em 2017, com espaço para aceleração em 2018 e 2019″, afirmam os analistas do BTG.

Se a recuperação de bancos como o Bradesco vier junto com a das companhias e a do emprego, torcida a favor não há de faltar.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeÀs Sete

Mais de Mercados

Motiva vende aeroportos a grupo mexicano por R$ 11,5 bilhões

Investidor diminui posição em bolsa após rali do Ibovespa, diz estudo

Ibovespa fecha em baixa pelo 2º dia seguido com aversão global ao risco

Dólar firma queda na reta final do pregão e fecha em R$ 5,31